O leilão de privatização da geradora de energia Emae deve ocorrer no mês de maio, disse nesta quarta-feira o governador paulista, Tarcísio de Freitas.
“O processo já está definido, o estudo está bastante adiantado, e a gente deve levar isso para mercado no mês de maio. A previsão é que em maio a gente faça a operação”, afirmou Tarcísio em entrevista coletiva após inauguração de uma usina solar flutuante na represa Billings.
A nova previsão representa um atraso em relação ao cronograma comentado até então pelo governo paulista, que pretendia realizar a venda da totalidade de sua participação na Emae no primeiro trimestre deste ano.
Segundo informações divulgadas no fim de dezembro do ano passado, em audiência pública sobre a privatização, os assessores contratados ainda estão finalizando a avaliação econômico-financeira da Emae, análise que baseará o valor mínimo para aquisição das ações da companhia no leilão.
Ainda não há uma data definida para o lançamento do edital do leilão.
Última estatal de energia elétrica do governo paulista, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) detém e opera um sistema hidráulico e gerador de energia que se estende do município de Salto até a Baixada Santista, passando pela região metropolitana de São Paulo. Seu principal ativo é a usina hidrelétrica de Henry Borden, com 889 megawatts (MW) de potência.
O portfólio da empresa inclui mais três hidrelétricas de menor porte, que junto com Henry Borden somam 960,8 MW, e uma termelétrica de 472 MW arrendada para a Baixada Santista Energia (BSE), subsidiária integral da Petrobras.
O Estado de São Paulo detém 97,6% das ações ordinárias da Emae, ou 39,0% do capital total.
Outro acionista importante é a Eletrobras, com 64,8% das ações preferenciais da empresa, e também 39% do capital total. Não há direito de preferência da Eletrobras para aquisição das ações da Emae.