A Light (LIGT3) apresentou o seu plano de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, mostra um comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta sexta-feira (15).
A empresa voltou a chamar a atenção para os efeitos das “das perdas não-técnicas (eufemismo para furtos de energia)”, que têm se mantido em patamar expressivo e da queda no mercado consumidor de quase 20% desde 2014 em virtude da degradação econômica no Rio de Janeiro.
“O aumento de restrição de acessos a áreas que se encontram dentro da sua concessão, principalmente em áreas dominadas por grupos criminosos paramilitares, afeta de forma substancial o combate ao furto e, consequentemente, os cofres do Grupo Light”, explica a empresa.
Desta forma, explica a Light, os funcionários não conseguem efetuar o corte de conexões irregulares e a cobrança de faturas retroativas torna inviável o combate a furtos de energia e à inadimplência em tais localidades, “com severos impactos financeiros ao Grupo Light”.
No ano de 2022, o prejuízo decorrente dos furtos de energia alcançou cerca de R$ 550 milhões, e 49% dos investimentos feitos pela Light SESA – mais de R$ 610 milhões – foram destinados ao combate de tais ilícitos.
“Em que pesem os vultosos investimentos realizados pelo Grupo Light, inclusive para o desenvolvimento da chamada “sexta geração” de proteção do sistema onde ocorrem os furtos de energia, o problema e os seus significativos impactos financeiros persistem”, aponta a companhia.
Veja o documento: