A Vibra Energia (VBBR3) teve lucro líquido de R$ 133 milhões no segundo trimestre, queda de 81,2% ante o mesmo período do ano passado, informou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (14). Na comparação com os três primeiros meses do ano, contudo, o avanço foi de 64,2%.
Segundo a distribuidora, o resultado foi afetado pelos fortes efeitos da intensificação do movimento de importação de diesel russo e pela sua influência ao se disseminar ao longo da costa brasileira, avançando também sobre o segmento de postos “bandeira-branca”, passando a pressionar volumes e margens.
O volume de diesel importado no Brasil no trimestre, segundo a Vibra, foi de cerca de 3,5 bilhões de litros, quando o produto russo representou cerca de 55%.
“A Vibra optou por não importar o produto ao longo do trimestre, pois focamos em reforçar nosso posicionamento de sourcing na molécula nacional e, com isso, priorizamos nossa rede embandeirada, nossos clientes contratados e operações que melhoram a rentabilidade da companhia”, explica a administração.
Nesse cenário, a empresa registrou uma queda de 2% no volume de vendas, principalmente, pelas menores vendas de coque (-41,6%), demais produtos (-19,4%), etanol (-11,2%) e diesel (-6,6%) compensado parcialmente pelas maiores vendas de lubrificantes (+5,0%) e de gasolina (+12,0%), responsável pelo crescimento de vendas no ciclo otto (+5,9%).
Ebitda
O Ebitda ajustado da Vibra alcançou R$ 910 milhões, ou R$ 101/m, um aumento de R$ 222 milhões na passagem trimestral, o que retorna a empresa ao patamar acima de R$ 100/m³. Na avaliação ano a ano, a queda foi de 43,1%.
“Tal resultado foi influenciado, principalmente, por maiores margens médias de comercialização no período e uma forte gestão em eficiência de nossas despesas operacionais”, aponta a Vibra.
A receita líquida ajustada ficou em R$ 37,363 bilhões, um recuo de 21% em comparação a um ano antes.
A Vibra destacou que teve uma redução de cerca de R$ 400 milhões na dívida líquida na comparação com o trimestre anterior, reflexo do fluxo de caixa operacional (R$ 900 milhões) no período.
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