A XP Inc reportou nesta segunda-feira lucro líquido de 977 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 7% ano a ano, reflexo de redução de despesas, uma vez que o desempenho das receitas permaneceu pressionado pelo ambiente macroeconômico.
“Passamos por um processo de controle de custos e aumento de eficiência, e estamos começando a colher os resultados – vide a ampliação nas margens e aumento na rentabilidade”, afirmou o diretor financeiro do grupo, Bruno Constantino, em comunicado que acompanhou a divulgação do balanço.
As despesas administrativas e gerais recuaram 15%, para 1,25 bilhão de reais, enquanto as despesas de pessoal caíram 18%, para 899 milhões. Na base trimestral, porém, subiram 19% e 18%, respectivamente. Ao final de junho, a empresa tinha 6 mil “colaboradores”, 5% menos que os 6,3 mil de um ano antes.
O lucro antes de impostos (EBT) cresceu 12% ano a ano e 19% no trimestre, a 968 milhões de reais, com melhora na margem para 27,3%, de 25,3% um ano antes e 26% no primeiro trimestre. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) caiu de 22,9% para 22% na comparação anual, mas subiu 3,3 pontos na base sequencial.
A receita bruta teve acréscimo de apenas 3% em relação ao mesmo período do ano passado, com ajuda do segmento de varejo (+8%), enquanto institucional e grandes empresas e mercado de capitais tiveram quedas de 12% e 15%, respectivamente. A receita líquida também subiu 3%, a 3,5 bilhões de reais.
Na receita de varejo, a renda variável e a renda fixa mostraram estabilidade, enquanto a plataforma de fundos teve queda de 14%. Os destaques positivos foram as chamadas “novas verticais”, com cartões tendo aumento de 116%, enquanto seguros mostrou expansão de 57% e previdência elevação de 8%.
“Novas verticais seguem amadurecendo e já entregam resultados robustos, representando 11% da nossa receita bruta, contra 7% no ano passado”, disse o presidente da plataforma de investimentos, Thiago Maffra, no comunicado.
No segundo trimestre, a XP também chegou a 1,024 trilhão de reais em ativos sob custódia, mas a captação líquida caiu 49% ano a ano, para 22 bilhões de reais. Esses dados foram divulgados em julho, assim como a carteira de crédito, que alcançou 17,9 bilhões de reais no segundo trimestre.
O grupo encerrou junho com 4,013 milhões de clientes ativos, de 3,629 milhões. Também tinha 14,1 mil agentes autônomos, alta de 25% na comparação anual.
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