A Marfrig (MRFG3) registrou lucro líquido atribuído ao acionista controlador de 11,8 milhões de reais no quarto trimestre de 2023, revertendo prejuízo de 628 milhões de reais no mesmo período do ano anterior, informou a empresa nesta quarta-feira.
O desempenho também reverte prejuízo de 112 milhões de reais apurado no terceiro trimestre do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em 2,94 bilhões de reais no período, aumento de 32,1% na comparação ano a ano, com margem Ebitda de 8%, versus 6% um ano antes.
A receita líquida da Marfrig caiu 2,2% ano a ano, para 36,6 bilhões de reais, em resultado atribuído, principalmente, pelo menor volume de vendas na operação na América do Norte, mas compensado em parte por preço médio maior e desempenho da operação na América do Sul.
O custo por produto vendido (CPV) também recuou a 31,8 bilhões de reais, queda de 4,4% na base anual.
Ao final de dezembro, a Marfrig passou a deter 50,06% do capital da BRF, após uma série de aquisições de participações acionárias.
No trimestre, a BRF respondeu por mais de 60% do Ebitda ajustado da Marfrig, enquanto o restante foi composto pelas operações nas Américas do Sul e Norte.
A Marfrig anunciou no fim de agosto a venda de 16 unidades de abate e um centro de distribuição da operação América do Sul por 7,5 bilhões de reais.
A empresa encerrou o ano com um fluxo de caixa livre recorrente positivo em 441 milhões de reais no período.
O índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e Ebitda ajustado, atingiu 3,7 vezes no período, de 3 vezes um ano antes.
Considerando o montante a receber de 6 bilhões de reais pela venda dos ativos da América do Sul, o endividamento líquido da Marfrig seria de 28,5 bilhões de reais, afirmou a empresa, representando um índice de alavancagem de 3,1 vezes.