Os preços futuros do minério de ferro ampliaram as perdas nesta sexta-feira, atingindo seu nível mais baixo em duas semanas, e devem fechar a semana com queda acumulada, já que se mantêm as preocupações com a recuperação do setor imobiliário na China, principal mercado consumidor do minério.
O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com recuo de 2,23%, a 941 iuanes (131,07 dólares) a tonelada, marcando seu nível mais baixo desde 19 de janeiro. O preço caiu mais de 5% esta semana.
Enquanto isso, o minério de ferro de referência de março na Bolsa de Cingapura perdeu 3,24%, a 126,75 dólares a tonelada, marcando uma mínima desde 18 de janeiro. O contrato caiu mais de 6% até o momento nesta semana.
“Os problemas do setor imobiliário da China continuam a persistir… as perspectivas para a demanda doméstica de aço desse setor permanecem sombrias, com a demanda por parte dos segmentos de moradias sociais e energia renovável compensando apenas parcialmente”, disseram analistas do banco ANZ.
“Além disso, a pressão sobre o setor siderúrgico da China para reduzir as emissões vem aumentando. As novas restrições à produção serão um novo obstáculo para a demanda de minério de ferro.”
Preocupações com as perspectivas de demanda ressurgiram na esteira da falência da gigante imobiliária endividada China Evergrande Group, decretada nesta semana por um tribunal de Hong Kong.
A Fitch Ratings disse que a falência da Evergrande poderia ter efeitos mais amplos sobre investimentos e mercado imobiliário.
A fraqueza do mercado de ferrosos persistiu apesar de uma série de medidas de estímulo para apoiar o problemático setor imobiliário da China.