A Procter & Gamble cortou sua previsão de lucro para o ano nesta terça-feira para refletir uma redução no valor de seu negócio Gillette, mas a capacidade da empresa de manter margens saudáveis durante o segundo trimestre impulsionou suas ações em mais de 5%.
As margens de lucro da empresa se mantiveram melhor do que o esperado, disseram analistas, mesmo com a queda de preços nos Estados Unidos.
As margens permaneceram mais fortes nos mercados europeus, o que também ajudou os resultados da P&G.
A demanda pelos produtos de uso diário da companhia, especialmente nos segmentos de cuidados pessoais e domésticos, foi robusta, com o volume total da empresa aumentando 4% nos EUA e 3% na Europa.
Isso, juntamente com a redução nos custos de produção e os preços ainda elevados de seus produtos, principalmente na Europa, ajudaram a P&G a aumentar a margem bruta em 520 pontos-base no segundo trimestre.
A previsão de lucro anual da P&G, contudo, foi reduzida após uma cobrança de 1,3 bilhão de dólares, divulgada em dezembro, relacionada a uma baixa contábil de seu negócio Gillette.
A empresa agora espera que o lucro do ano fiscal de 2024 varie entre queda de 1% e em linha com o lucro por ação do ano fiscal de 2023, contra previsão anterior de crescimento de 6% a 9%.
O lucro da empresa foi de 1,84 dólar por ação, superando as estimativas de ganho de 1,70 dólar por papel.