O plantio de soja da safra 2023/24 no Brasil atingiu até esta sexta-feira 74,69% da área projetada, no ritmo mais lento desde 2009, com falta de chuvas no Norte e Nordeste e precipitações excessivas no Sul, afirmou a consultoria Pátria AgroNegócios em relatório.
Nesta mesma época, no ano passado, produtores brasileiros tinham semeado 88,28% em 2022, enquanto a média de cinco anos para a época é de 87,38%.
“O fator de atenção desta semana fica para a desaceleração abrupta do ritmo nacional… pela falta de chuvas no Nordeste e Norte e os excessos no Sul, o ritmo regional segue lento, distanciando a evolução nacional de 2024 para o menor patamar desde 2009”, afirmou o diretor da consultoria, Matheus Pereira, em nota.
Ele comentou que desde 2009 a tecnologia de plantio melhorou bastante, o que indica uma situação mais preocupante.
“Em outras palavras, o atraso atual comparado com 2009 denota um cenário de muita preocupação diante da janela hábil de plantio da segunda safra de milho brasileiro”, disse.
Em 2009/10 a área de milho segunda safra era de apenas 5,2 milhões de hectares, menos que terço da área de milho observada em 2023, de 17,18 milhões de hectares, disse.
Quanto mais tardio o plantio em algumas áreas, maiores as chances de problemas climáticos para a segunda safra de milho.
“Toda soja do Centro-Oeste e Tocantins semeada após o dia 1 de novembro já entra num calendário que inviabiliza o plantio do milho segunda safra dentro da janela ideal, que encerra dia 20 de fevereiro para a região”, afirmou Pereira.