Vamos as principais destaques do Brasil e do Mundo dessa edição:
China| Ásia
Os mercados da Ásia fecharam em queda firme, seguindo a aversão a risco estendida nos futuros de Nova York. A mensagem dura do Federal Reserve na decisão de ontem pesa nas commodities e fortalece o dólar.
O Fed reforçou que a taxa de juros nos EUA vai permanecer no nível mais alto em 22 anos por longo tempo, empurrando para o segundo semestre de 2024 a expectativa de um primeiro corte de juros.
Essa perspectiva sinaliza menor fluxo de capital para a região — e, como em Wall Street, as ações de tecnologia puxaram as baixas.
O Kospi de Seul liderou as quedas.
Em Tóquio, permanece a cautela antes da decisão de juros na madrugada de sexta-feira. Os rendimentos dos títulos japoneses de dez anos atingiram a máxima em dez ano.
Minério de Ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 1,90%, a 854,00 iuanes, o equivalente a US$ 116,91
Europa
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manter seus juros, mas também deixar aberta a porta para um novo aumento das taxas ainda este ano.
Hoje, o foco é a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), mas outros BCs europeus já fizeram anúncios de juros mais cedo.
Logo mais, às 8h, o BoE define seus juros. Analistas preveem que o BC inglês deverá anunciar uma última elevação no atual ciclo de aperto monetário, mas não descartam uma pausa após a inflação do Reino Unido desacelerar levemente em agosto.
Nas últimas horas, os BCs da Suécia e da Noruega também aumentaram juros diante da persistência da inflação, mas o da Suíça manteve sua taxa básica, contrariando expectativas de alta.
Estados Unidos
Os mercados amanhecem negativos nesta quinta-feira (21), um dia depois que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) manteve as taxas de juros inalteradas e sinalizou mais um aumento este ano.
Juntamente com as projeções dos juros, o Fed também aumentou acentuadamente as suas expectativas de crescimento econômico para este ano, prevendo-se agora que o produto interno bruto (PIB) dos EUA aumente 2,1% este ano.
Além disso, investidores esperam pela divulgação de pedidos semanais de seguro-desemprego e dados de vendas de casas usadas.
Brasil
🇧🇷 Comentários Copom
Barclays/ Secemski: Preocupação com meta fiscal foi ponto hawkish do comunicado
• Uma mudança na meta fiscal poderia prejudicar a credibilidade da nova âncora fiscal, possivelmente retirando espaço para afrouxamento monetário
BOFA/ Beker: Copom fez ‘corte hawkish’ com alerta sobre risco de mudança da meta fiscal
• Mudança de meta pode desencadear revisões para cima nas expectativas de inflação de longo prazo e impedir BC de continuar ciclo de afrouxamento
• Cortes maiores (que 0,50 pp) da Selic devem ser contidos devido à aceleração das projeções de inflação para 2023 desde a última reunião
Galapagos/Tatiana: Copom coloca juro real ex-ante em 6,4%, mas taxa deve convergir a 4,5% em 2024
O comunicado manteve a avaliação do cenário inflacionário otimista, com destaque para o arrefecimento da inflação subjacente.
Contudo, o comunicado destacou alguns pontos para cautela na condução da política monetária. A autoridade monetária admitiu que o grau de aquecimento da economia está maior que o esperado. Também, ressaltou a importância do cumprimento da meta primária definida para 2024 nas decisões de juros
“Com base em nosso cenário de inflação bem-comportada – média mensal em 0,25%, em linha com a meta de 3% – as sinalizações expostas na comunicação do BC e nosso índice de sentimento, mantemos nosso cenário de redução da Selic para 11,75% até a decisão de dezembro, com a manutenção do ritmo de corte em 50pb. E, mantemos nossa expectativa de finalização do ciclo de corte no segundo semestre de 2024, com a Selic em 8% ao ano”,
Genial/Camargo: ênfase ao fiscal chama a atenção no comunicado do copom
• Repetição de ritmo em próximas reuniões, no plural, afasta aceleração em dezembro
Quantitas/Chermont: tudo piorou desde última reunião e bc não dá brecha a corte de 0,75pp
“O BC, em momento nenhum, deu sinalização para aceleração, nem para dezembro. Mantiveram o plural nas próximas reuniões, não dando brecha para ritmo de 75 pontos. Os dados estão aí e podem mudar, mas por enquanto é isso”
“A verdade é que de uma reunião para outra praticamente tudo piorou”. Ele lista que o cenário global ficou mais incerto, como o próprio Copom menciona ao falar da curva americana e da economia da China e, aqui, atividade está mais forte, “com todo mundo revisando para cima o PIB do ano”.
“Nossa conclusão ontem era que não incluiria, mas para a surpresa, introduziu um parágrafo novo e reforçou a importância de governo e Congresso perseguirem metas estabelecidas”, disse. Para ele, na prática, “o qualitativo da piora fiscal foi de certa forma incluído sim no balanço de riscos”.
Reitera o cenário de Selic a 8,5% no fim do ciclo, sendo reduzida ao ritmo de 0,50 ponto em todas as reuniões até aquele nível
Agenda
▪️ EUA: Assembleia Geral da ONU
▪️ 8h00 Reino Unido: BoE divulga decisão de política monetária, seguida por coletiva de imprensa
▪️ 8h00 Turquia: BC divulga decisão de política monetária
▪️ 9h30 EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego da semana até 16/9
▪️ 10h00 África do Sul: BC divulga decisão de política monetária
▪️ 10h30 Receita Federal divulga os dados da arrecadação federal de agosto
▪️ 11h00 França: Presidente do BCE, Christine Lagarde, profere palestra no evento “Encontros Mediterrâneos”
▪️ 11h00 Zona do euro/Comissão Europeia: índice de confiança do consumidor preliminar de setembro
▪️ 11h00 EUA/NAR: vendas de moradias usadas de agosto
Abertura dos Mercados – 21/09/2023
EUA
Dow Jones Futuro (EUA), -0,26%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,43%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,63%
Ásia-Pacífico
Shanghai SE (China), -0,77%
Nikkei (Japão), -1,37%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,29%
Kospi (Coreia do Sul), -1,75%
ASX 200 (Austrália), -1,37%
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), -0,51%
DAX (Alemanha), -0,78%
CAC 40 (França), -1,13%
FTSE MIB (Itália), -1,30%
STOXX 600, -0,81%
Commodities
Petróleo WTI, -1,38%, a US$ 88,42 o barril
Petróleo Brent, -1,37%, a US$ 92,25 o barril
Bitcoin
Os preços do Bitcoin recuam 0,06%, a US$ 26.919,70