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Sabesp terá interesse por concessões plenas fora de SP após privatização

Às 11h25, as ações da Sabesp exibiam queda de 1,4%, a 82,90 reais

by Reuters
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O presidente da Sabesp (SBSP3), André Salcedo, afirmou nesta terça-feira que a empresa deverá buscar negócios fora de sua atual área de cobertura no Estado de São Paulo após atingir a universalização dos serviços de saneamento em 375 cidades do Estado.

“É natural para uma empresa do porte da Sabesp, com uma capacidade de geração de caixa que tem”, disse o executivo ao ser questionado sobre expansões da empresa para além de sua atuação durante evento organizado pelo Bradesco BBI.

“O foco nos primeiros anos (após a privatização) é garantir a universalização dos 375 municípios e com o passar do tempo a empresa terá capacidade para olhar outros projetos”, acrescentou, citando que faz mais sentido para a companhia olhar para concessões plenas como companhias estaduais de saneamento.

O prazo para a companhia atingir a universalização dos serviços de saneamento é até o fim de 2029, algo que vai exigir da empresa investimentos de cerca de 70 bilhões de reais.

Questionado se a empresa poderia ser mais eficiente após a privatização de modo a reduzir a conta do investimento, Salcedo afirmou que “é natural pensar que seremos mais eficientes em custo” e que a empresa poderá antecipar algumas entregas dado que atualmente, sendo estatal, o início de obras após uma aprovação de projeto da empresa ocorre após 180 dias e num contexto da empresa privatizada o prazo cai para 30 a 40 dias.

O executivo afirmou que a empresa espera para início de maio a assembleia de municípios para a constituição do estatuto da chamada URAE, uma espécie de “condomínio” de cidades que tomam decisões a respeito de suas necessidades de água e saneamento, e que vão eleger representante para assinar contrato com a companhia.

Sabesp
(Imagem: Gustavo Kahil/ Dinheirama)

Também para o início de maio é esperada a assembleia de acionistas da Sabesp para aprovação do novo estatuto da empresa, disse Salcedo.

Com isso, a companhia espera lançar a oferta da privatização no mercado “no final do mês de maio ou início de junho”, com uma janela até começo de agosto para poder usar os números financeiros do primeiro trimestre nos documentos que basearão a operação.

Salcedo repetiu que o interesse demonstrado pelo governo do Estado de São Paulo é para uma venda de 15% a 30% da companhia, com a oferta podendo atingir um valor de cerca de 15 bilhões de reais. “O Estado tem dito que quer parar entre 15% e 30% da companhia. O número gravita em torno disso”, disse o executivo, ressaltando que uma decisão sobre se será necessário uma oferta primária – venda de novas ações da empresa – ainda não foi tomada.

“Não há decisão sobre se precisará de oferta primária. Só quando fechar a URAE é que vamos saber se precisará de oferta primária”, disse o executivo, explicando que a partir do contrato assinado com o conjunto de municípios é que a empresa terá condição de saber se precisará dos recursos a serem levantados por uma potencial venda de novas ações.

Às 11h25, as ações da Sabesp exibiam queda de 1,4%, a 82,90 reais, enquanto o Ibovespa tinha oscilação positiva de 0,12%. Em 2024, as ações da Sabesp acumulam alta de cerca de 10% após avançarem em torno de 36% em 2023.

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