Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago caíram nesta sexta-feira, depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostrou em relatório mensal que a estimativa de safra de soja do Brasil ficou acima das estimativas, apesar das condições de seca que causaram preocupações sobre os rendimentos no principal produtor da oleaginosa no mundo.
O contrato janeiro da soja fechou em queda de 7,75 centavos, a 13,04 dólares por bushel, recuando depois de atingir uma máxima de uma semana de 13,3075. Na semana, o contrato caiu 21 centavos de dólar por bushel, ou 1,6%.
A safra de soja do Brasil 2023/24 foi estimada nesta sexta-feira em recorde de 161 milhões de toneladas, de acordo com número divulgado pelo USDA, que reduziu em 2 milhões de toneladas sua previsão ante o dado de novembro.
Os analistas esperavam, em média, uma estimativa de 160,16 milhões de toneladas, segundo pesquisa da Reuters.
A perspectiva do USDA ainda supera a safra anterior (2022/23) do Brasil, a qual o departamento dos EUA revisou de 158 milhões para 160 milhões de toneladas.
Com o ajuste na safra anterior, o USDA passou a ver um estoque inicial maior para o Brasil em 2023/24, de 35,35 milhões de toneladas, versus 33,44 milhões na previsão de novembro.
Os contratos futuros de milho na bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta sexta-feira, depois que o USDA deixou inalteradas suas previsões de produção agrícola na América do Sul, ao mesmo tempo em que indicou fortes ofertas globais de milho.
O contrato março fechou em queda de 2,5 centavos de dólar, a 4,855 dólares por bushel. O contrato terminou a semana relativamente estável.
O USDA elevou sua previsão de estoques globais finais de milho em 2023/24 para 315,22 milhões de toneladas métricas, ante 314,99 milhões anteriormente, quando os analistas esperavam, em média, um corte.