Os futuros da soja nos Estados Unidos subiram nesta quarta-feira, recuperando-se em uma rodada de compras de barganhas, depois que o contrato mais ativo julho atingiu o nível mais baixo em seis semanas, impulsionado em parte pela firmeza dos mercados brasileiros de soja, segundo analistas.
Mas os futuros de grãos fecharam em baixa.
O trigo caiu pela terceira sessão consecutiva, devido à forte concorrência global por negócios de exportação, e o milho caiu na ausência de notícias favoráveis.
A soja julho da bolsa de Chicago fechou em alta de 4,25 centavos, a 11,6425 dólares por bushel.
O trigo julho da CBOT terminou em baixa de 12,50 centavos, a 5,5225 dólares por bushel, e o milho julho caiu 1,75 centavo, terminando em 4,41 dólares por bushel.
Os preços da soja exportável no Brasil, principal fornecedor global, se firmaram nas últimas semanas, segundo analistas, ajudando a sustentar os valores da soja dos EUA.
“Embora não possamos realmente registrar uma alta significativa, estamos vendo nossas ofertas seguirem o mercado sul-americano”, disse Karl Setzer, da Consus Ag Consulting.
Os futuros do trigo caíram cerca de 2% devido às vendas técnicas e à fraca procura de exportações dos EUA. O dólar recuou na quarta-feira, mas permaneceu próximo à máxima de cinco meses e meio, tornando os grãos dos EUA menos atraentes para os compradores globais.
Para o milho, é provável que o clima no Meio-Oeste dos EUA tenha um impacto maior sobre os preços nas próximas semanas. As chuvas retardaram o plantio na região nesta semana, ao mesmo tempo em que reabasteceram a umidade do solo. A safra de milho dos EUA estava 6% semeada no domingo.
“Estamos começando a entrar em um mercado mais climático”, disse Setzer. “E isso realmente começará a elevar nossa volatilidade (do mercado)”, disse ele.