O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira que foi informado da homologação de colaboração premiada do ex-policial Ronnie Lessa na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes e que, diante disso, prevê para “breve” um desfecho para o caso.
Segundo ele, que esteve reunido nesta terça-feira com o relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, o caso segue sob segredo de justiça e ficará na alçada da corte suprema procedimento adotado quando há envolvimento de pessoas com o chamado foro privilegiado.
“Essa colaboração premiada, que obviamente tramita em segredo de justiça e este ministro não teve acesso a ela, como é evidente mas nós sabemos que esta colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução da vereadora Marielle Franco”, disse o ministro em pronunciamento nesta terça-feira.
Lewandowski fez questão de parabenizar a atuação da Polícia Federal, lembrando que a instituição assumiu a investigação há cerca de um ano.
Os desdobramentos do caso ocorrem pouco depois de a execução da vereadora e de seu motorista completar 6 anos.
Sem fornecer detalhes, Lewandowski informou que a colaboração premiada do ex-policial foi homologada após ele ter passado, na segunda-feira, por audiência com juiz auxiliar de Alexandre de Moraes, ocasião em que todos os termos da delação foram confirmados.
“Posso assegurar às senhoras e aos senhores que esse procedimento seguiu estritamente o devido processo legal e que, como disse, brevemente pensamos que teremos resultados concretos”, acrescentou o ministro da Justiça.
Lessa é apontado, ao lado do ex-policial militar Élcio Queiroz, como executor do crime. Os dois estão detidos em um presídio federal aguardando júri popular.
O ex-bombeiro Maxwell Simões, conhecido como Suel, foi preso em 2023 acusado de atrapalhar as investigações. Em fevereiro, o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha” foi preso por atrapalhar, impedir e embaraçar as investigações.
Ele teria feito o desmanche do carro usado pelos ex-policiais militares no dia do assassinato da vereadora e do motorista.
Pouco depois, o caso foi remetido ao STF.
O mandante do crime e a motivação para o assassinato ainda não foram revelados.