A Suzano (SUZB3) anunciou nesta quinta-feira investimentos de 1,66 bilhão de reais para a construção de uma nova fábrica de papel e de uma caldeira de biomassa em Aracruz, no Espírito Santo, bem como a conversão de uma máquina em Limeira, em São Paulo, que elevará a capacidade de produção de celulose fluff.
A empresa aprovou a construção de uma fábrica de papel sanitário (tissue) e conversão em papel higiênico e papel toalha em Aracruz, que terá capacidade de 60 mil toneladas por ano. O custo da unidade, que tem início de operações previsto para o primeiro trimestre de 2026, está estimado em 650 milhões de reais.
O projeto será pago, em sua maioria, por meio de saldo de crédito de ICMS que a Suzano tem no Estado. A empresa desembolsará o restante, aproximadamente 130 milhões de reais.
Também em Aracruz, a Suzano aprovou a substituição de sua atual caldeira de biomassa, localizada na fábrica de celulose que a empresa detém na cidade.
O investimento está estimado em 520 milhões de reais, e a caldeira deve entrar em operação no quarto trimestre de 2025.
“Tais investimentos alinham-se à estratégia de negócio da companhia ao representar uma evolução de seu posicionamento de mercado no segmento de bens de consumo e o fortalecimento de sua competitividade estrutural na produção de celulose”, disse a Suzano, em fato relevante.
A companhia anunciou ainda aprovação de investimento de 490 milhões de reais para a conversão de máquina de secagem de celulose na unidade industrial que possui em Limeira (SP).
Com isso, “a empresa terá integral flexibilidade na produção de celulose para papel ou fluff”, disse a Suzano, acrescentando que as obras devem ficar prontas no quarto trimestre de 2025.
A expectativa é que o investimento em Limeira eleve a capacidade total de produção de fluff da Suzano em 340 mil toneladas ao ano, para 440 mil já em 2025.
A companhia afirmou que o investimento em Limeira tem como base “a competitividade global na produção de celulose de eucalipto pela Suzano associada à sua visão de continuidade do crescimento da demanda por celulose de fibra curta em substituição à fibra longa ao longo dos anos”.
Em Aracruz, os investimentos serão distribuídos entre os anos de 2024 (522 milhões de reais), 2025 (621 milhões) e 2026 (27 milhões), em termos reais e desconsiderando a monetização de crédito de ICMS.
Já em Limeira, o aporte se dividirá entre 2024 (196 milhões de reais) e 2025 (294 milhões), também em termos reais.