A empresa emissora de criptomoedas Tether congelou 32 endereços de carteiras de criptoativos que continham um total de 873.118 dólares, alegando que estavam ligadas ao “terrorismo e à guerra” em Israel e na Ucrânia, informou a empresa nesta segunda-feira.
A polícia israelense disse na semana passada que havia congelado contas de criptomoedas usadas para solicitar doações para o Hamas nas redes sociais. O ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro matou 1.300 pessoas.
A Tether não informou (USDTUSD) quando congelou os endereços.
A TRM Labs, uma importante empresa de análise de blockchain norte-americana que trabalha com agências de aplicação da lei, disse em uma publicação em fevereiro que a Tether era a “moeda de escolha” para o financiamento do terrorismo.
As criptomoedas operam majoritariamente fora do sistema financeiro tradicional e os endereços das carteiras são pseudônimos, o que torna difícil rastrear quem está por trás das transações.
A Tether, cuja stablecoin é a terceira maior criptomoeda em circulação, afirmou que está colaborando com a Agência Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo de Israel (NBCTF, na sigla em inglês) “para combater o terrorismo e a guerra financiados por criptomoedas”, sem fornecer detalhes adicionais.
Uma stablecoin é um tipo de criptomoeda geralmente lastreada por ativos como o dólar para manter um valor estável.
As criptomoedas têm sido amplamente utilizadas na Ucrânia desde a invasão pela Rússia no ano passado, com Kiev arrecadando mais de 100 milhões de dólares em criptomoedas após apelos por doações.
Grupos pró-russos também têm usado criptomoedas para financiamento no leste da Ucrânia, conforme relatado pela empresa de pesquisa em blockchain, Chainalysis, no ano passado.
A NBCTF, que já apreendeu anteriormente contas de criptoativos que dizia estarem ligadas a grupos militantes, incluindo o Hamas, não respondeu a um pedido de comentário.
A Tether também não comentou sobre a publicação da TRM Labs.