Os futuros do trigo em Chicago se recuperaram nesta segunda-feira, no que um analista caracterizou como “compra na baixa”, após os preços caírem mais de 6% para mínimas de três anos na sexta-feira.
O milho acompanhou a alta do trigo, mas os preços da soja permaneceram baixos após notícias de que agricultores no Brasil estão plantando em ritmo acelerado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos USDA, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira que a colheita atual de milho nos EUA está 23% concluída, em comparação com 19% no mesmo período do ano anterior.
O USDA também avaliou que 53% da safra atual está em boas ou excelentes condições, inalterada em relação à semana anterior e um ponto percentual acima do mesmo período de 2022.
O contrato de trigo mais ativo na bolsa de Chicago (CBOT) subiu mais de 4%, ou 23,25 centavos, a 5,6475 dólares por bushel.
Esses ganhos vêm após o trigo vermelho macio de dezembro atingir na sexta-feira seu nível mais baixo desde 30 de setembro de 2020, a 5,40 dólares.
“Estamos vendo algumas ‘compras na baixa’ e compras técnicas”, disse Terry Reilly, analista-chefe de grãos e oleaginosas da Marex em Chicago, acrescentando que as compras ocorrem apesar da valorização do dólar norte-americano e relatos de sucesso contínuo da Ucrânia na movimentação das exportações de grãos por vias ferroviária e marítima.
O milho de Chicago seguiu a alta do trigo, subindo 12 centavos, mais de 2,5%, fechando em 4,8875 dólares por bushel.
Apesar das altas nos grãos, os futuros da soja ficaram em grande parte estáveis, fechando em alta de 2 centavos, a 12,77 dólares por bushel.
De acordo com Jack Scoville, do PRICE Futures Group, isso pode estar relacionado a um relatório do setor que indicou que os agricultores no maior produtor de soja do mundo, o Brasil, estavam plantando na semana passada no ritmo mais rápido já registrado para o período.
“Parece que vai ser uma grande safra”, disse Scoville.
