A mineradora Vale (VALE3) tem a expectativa de alcançar um acordo definitivo com autoridades para a reparação pelo rompimento de barragem de rejeitos da Samarco, em Mariana (MG), até o fim do primeiro semestre, disse em nota a companhia à Reuters nesta quarta-feira.
O colapso da barragem, que pertencia à Samarco, uma joint venture da Vale com o grupo BHP, ocorreu em novembro de 2015 e deixou 19 mortos, centenas de desabrigados, além de atingir o rio Doce, em toda a sua extensão, até atingir o mar do Espírito Santo.
Uma nova proposta por um acordo foi apresentada pelas mineradoras ao governo federal e aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, segundo disseram duas fontes à Reuters, próximas às negociações, sem informar valores.
Uma das fontes, na condição de anonimato, afirmou que perto da proposta anterior, de 42 bilhões de reais, o montante “melhorou muito”. Mas que ainda assim está “aquém” do esperado.
A entrega de nova proposta havia sido publicada na véspera pela CBN, em reportagem que informou ainda que as negociações haviam sido retomadas.
As negociações para um acordo de repactuação de um termo inicial para reparação dos danos assinado entre as mineradoras e autoridades ainda em 2016 tinham sido paralisadas em dezembro, quando valores apresentados pelas mineradoras foram considerados muito aquém do necessário por autoridades.
Procuradas, Vale, BHP e Samarco não confirmaram a entrega de nova proposta.
Em notas individuais, disseram que permanecem comprometidas com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco.
A Vale destacou confiar que “as partes chegarão a bons termos quanto ao texto que vem sendo conjuntamente construído antes de definir o valor global do acordo”.