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Guararapes dispara mais de 10% após prejuízo no 2º tri

O Ebitda consolidado recuou 8,8% ano a ano, com a margem caindo de 12,2% para 11,2%

by Reuters
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 As ações da Guararapes (GUAR3) disparavam nesta quinta-feira, respondendo pelo melhor desempenho do índice Small Caps na B3, apesar de reportar prejuízo de 17,6 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado positivo de 26,4 milhões um ano antes.

A alta na ação vem após os papéis recuarem em cinco dos últimos seis pregões, somando uma perda de 15,6% e fechando na véspera a 6,21 reais, mínima desde meados de junho.

Nesta quinta-feira, às 12h53, as ações valorizavam-se 10,14%, a 6,84 reais, chegando a 7,05 reais na máxima. O Small Caps tinha elevação de 0,13%.

O balanço do grupo de moda também mostrou retração nas vendas mesmas lojas – de 2,3% nas físicas e de 3,8% nas físicas e canal digital – e um declínio de 0,7% na receita líquida consolidada, para 2,1 bilhões de reais.

O Ebitda consolidado recuou 8,8% ano a ano, com a margem caindo de 12,2% para 11,2%.

A companhia atribuiu a piora nas vendas mesmas lojas a uma forte base de comparação e temperaturas mais elevadas, enquanto afirmou que o Ebitda consolidado foi impactado pelo desempenho de mercadorias, parcialmente compensado pelo crescimento da Midway Financeira e do Midway Shopping.

Para analistas do Itaú BBA, as divisões de varejo e fintech mostraram um conjunto de resultados fracos, com a base de comparação difícil e as promoções prejudicando a lucratividade do varejo, enquando a fintech segue afetada por adversidades macro, com rentabilidade fraca por mais um trimestre.

“Por outro lado, a empresa compartilhou alguns ‘KPIs’ (indicadores de performance) encorajadores em relação às vendas no varejo de junho e melhoria inicial dos ‘NPLs’ (inadimplência), que monitoraremos de perto nos próximos meses”, acrescentaram os analistas em relatório a clientes.

A equipe do Safra também apontou uma “difícil dinâmica” no resultado, mas avaliou que a companhia apresentou uma melhora importante em termos de fluxo de caixa.

A dona da rede Riachuelo registrou geração de caixa livre de 136,4 milhões de reais versus consumo de caixa de 196,3 milhões no segundo trimestre do ano passado, uma melhora de 332,7 milhões em função do capital de giro e redução dos investimentos.

Analistas da XP Investimentos também consideraram os resultados fracos, mas acrescentaram que ficaram acima das suas previsões, destacando que a receita líquida foi pressionada por base de comparação, mas houve economias de despesas gerais e administrativas na operação de mercadorias e na Midway.

As despesas operacionais consolidadas tiveram uma redução de 9,7% no segundo trimestre ano a ano, com declínio de 8,4% nas despesas com vendas e recuo de 12,5% nas despesas gerais e administrativas. Como percentual da receita líquida, caiu 3,5 pontos percentuais, para 35,2%.

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