O BTG Pactual reafirmou sua recomendação de compra para as ações da 3Tentos (TTEN3), consolidando a empresa como uma das apostas mais sólidas para 2024, revela um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (15). O novo preço-alvo de R$ 17 foi apresentado (de R$ 20), representando um potencial de alta de 55%.
A equipe de análise, composta pelos analistas Bruno Lima, Eduardo Rosman e Henrique Brustolin, destaca a combinação de características notáveis que a 3Tentos apresenta: um mercado amplo e em rápido crescimento, modelo de negócios diferenciado, gestão focada e retornos elevados ao longo do tempo.
“Continuamos compradores de alta convicção”, explicam os analistas.
Cenário otimista
Após um ano desafiador em 2023, onde a estratégia de crescimento se mostrou bem-sucedida, alcançando sólido crescimento de volume e ganho de participação de mercado em lojas recém-inauguradas, a empresa agora enfrenta um cenário mais otimista.
Desempenho das ações da 3Tentos em comparação com o Ibovespa em 12 meses
A previsão é de que o crescimento bem-sucedido no varejo resulte em margens de varejo mais altas. A 3Tentos está prestes a cumprir as estimativas de abertura de lojas do IPO um ano antes do planejado, e o aumento nos negócios das novas lojas é encorajador. Mesmo com 42% das lojas com menos de quatro anos, a margem bruta do varejo, que encerrou 2023 em 20%, deve subir para 21,5% em 2024, marcando uma virada positiva.
No segmento industrial, as perspectivas também são favoráveis, com melhorias esperadas devido ao aumento na mistura de biodiesel e à retomada da safra de soja. O anúncio do governo sobre o aumento da mistura de biodiesel de 12% para 14% é esperado para impulsionar a demanda, contribuindo para margens de esmagamento de soja mais robusta em 2024.
Custos e impostos
No entanto, abaixo da linha do Ebitda, prevê-se que uma taxa de imposto mais elevada afete os lucros da empresa.
Despesas adicionais relacionadas à expansão em Mato Grosso e uma taxa efetiva de imposto de renda de 20,9% em 2024 (em comparação com um crédito médio de 4,8% nos últimos 5 anos) são consideradas fatores desafiadores para os resultados líquidos, levando a uma estimativa de queda de 27% nos lucros em 2024.