As ações da Camil (CAML3) são um “produto básico” no setor de consumo na América Latina, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (13).
Os analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Bruno Lima iniciaram a cobertura dos papeis da comercializadora de arroz, feijão, açúcar, café, peixes, massas e biscoitos com o preço-alvo de R$ 12, sugerindo um potencial de 35%. A recomendação é de compra.
“Depois de mais de 15 aquisições em 15 anos, a Camil acabou se tornando um produto básico de consumo na América Latina, ostentando uma base de receitas diversificada, uma casa de marcas horizontalmente integrada e com poucos ativos, com margens resilientes e um fluxo constante de fluxo de caixa”, explica o banco.
Além disso, a empresa possui um sólido histórico de crescimento, o que fez a empresa se tornar um ativo raro no setor de produtos básicos da América Latina.
Camil em recuperação
Para o BTG, o motivo de a ação não registrar um desempenho de preço particularmente forte desde 2020 foi uma combinação da acomodação recente dos preços dos alimentos, reduzindo o preço de venda e a geração de Ebitda, trajetória de recuperação da alavancagem após 6 aquisições nos últimos 3 anos, e menor margens contra as históricas, principalmente devido à concorrência em algumas categorias.
“Se estivermos certos, a Camil deverá ter uma boa recuperação. Os preços do arroz estão se recuperando rapidamente (29% nos últimos 12 meses no primeiro trimestre de 2024), estima-se que a alavancagem tenha diminuído no quarto trimestre de 2023 de 4,4 vezes para 3,3 vezes, e nem precisamos que as margens melhorem muito a partir daqui antes que os múltiplos de curto prazo comecem a parecer atraentes”, pontuam.
Os resultados de 2024 serão divulgados no próximo dia 9 de maio.
