As ações da Dexco (DXCO3) recuaram quase 8% na manhã desta quarta-feira na bolsa paulista, pior desempenho do Ibovespa, após a companhia reportar lucro líquido recorrente de 94,8 milhões de reais no terceiro trimestre, uma queda de 41,8% frente ao mesmo período de 2022.
“Mesmo com a conjuntura macroeconômica começando a demonstrar leves sinais de melhora com o aumento dos índices de confiança e queda da taxa de juros, ainda não há impacto significativo nos segmentos de atuação da Dexco”, afirmou a empresa em comunicado.
O Ebitda ajustado recorrente encolheu 30,7%, com queda em margem, enquanto a receita líquida consolidada caiu 18,2%, com declínio no volume expedido em Deca, Revestimentos Cerâmicos e Painéis.
“Ainda em meio à um cenário de mercado adverso, a companhia também foi impactada por um período de ajuste operacional nas Divisões Madeira e Metais e Louças em julho devido à implementação do SAP 4/Hana”, afirmou a empresa no material de divulgação do balanço à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Além disso, a melhora no preço de insumos na Divisão Madeira não foi suficiente para compensar os impactos decorrentes da adequação fabril da Divisão de Acabamentos à demanda atual de mercado”, acrescentou.
A companhia também encerrou setembro com dívida líquida de 4,7 bilhões de reais, aumento de 22,9% em relação ao terceiro trimestre de 2022, com a alavancagem medida pelo endividamento líquido/Ebitda recorrente e ajustado saltando a 3,47% vezes, de 1,96 vez um ano antes. No final de junho, era 3,08 vezes.
Analistas do JPMorgan consideraram o balanço negativo, afirmando esperar uma revisão para baixo nas projeções de mercado para a companhia.
Por volta de 10:30, as ações recuavam 5,83%, a 7,11 reais, tendo chegado a 6,95 reais (-7,95%) no pior momento, respondendo pela pior performance do Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, que tinha variação positiva de 0,15%.