A Apple venceu na segunda-feira o pedido de arquivamento de uma ação judicial alegando que o sensor de oxigênio no sangue de seu Apple Watch apresenta “viés racial” contra pessoas com tons de pele mais escuros.
O juiz distrital norte-americano Jed Rakoff, em Manhattan, rejeitou a ação coletiva proposta com prejuízo, o que significa que não pode ser apresentada novamente. Ele planeja explicar seus motivos até 31 de agosto.
O autor da ação, Alex Morales, residente no Upper East Side de Manhattan, disse que pagou um preço inflacionado pelo seu Apple Watch com base na crença equivocada de que o aplicativo de seu smartwatch, ou relógio inteligente, media os níveis de oxigênio no sangue “independentemente do tom da pele”.
A queixa, apresentada em maio, citou décadas de relatos de que dispositivos de oximetria de pulso semelhantes eram “significativamente menos precisos” ao medir os níveis de oxigênio no sangue de pessoas não brancas.
Morales disse que o impacto real desse viés não era abordado até que a pandemia trouxe uma “maior conscientização sobre o racismo estrutural” na sociedade.
A Apple disse que Morales não fez nenhuma argumentação que apoiasse sua alegação de fraude, nem mostrou que isso o expôs a qualquer situação enganosa antes de sua compra.
O advogado de Morales não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.
Médicos há muito tempo sabem que os oxímetros de pulso, que ajudam a avaliar possíveis problemas cardíacos e respiratórios, são menos precisos na estimativa de oxigênio no sangue de pacientes não brancos.
A pandemia expôs algumas das limitações desses dispositivos, com alguns pacientes enfrentando atrasos no tratamento ou sendo liberados das salas de emergência muito cedo.