O bilionário Elon Musk está sendo investigado pela SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, por sua aquisição do Twitter por 44 bilhões de dólares, de acordo com um processo judicial desta quinta-feira no qual o regulador tentou obrigar o empresário a testemunhar.
A investigação busca saber se Musk violou leis federais de valores mobiliários em 2022 quando comprou ações do Twitter, posteriormente renomeado como X, e também avalia declarações e registros à SEC feitos por ele em relação ao negócio.
A SEC afirmou que em maio de 2023 emitiu uma intimação para Musk, exigindo que ele fornecesse depoimento no escritório da SEC em São Francisco. Musk havia concordado em comparecer no mês passado.
No entanto, dois dias antes, Musk levantou “várias objeções infundadas” e informou à SEC que não compareceria, segundo o órgão. Ele também recusou propostas da SEC para realizar o depoimento no Texas em outubro ou novembro.
Entre as objeções estava a alegação de que a SEC estava tentando “assediá-lo” e que seu advogado precisava de tempo para analisar material potencialmente relevante, contido em uma biografia de Musk publicada no mês passado, afirmou a SEC.
“A SEC já ouviu o depoimento do Sr. Musk várias vezes nesta investigação equivocada basta”, disse um comunicado de Alex Spiro, advogado de Musk.
Um porta-voz da SEC se recusou a comentar além dos arquivos públicos.
Musk primeiro construiu uma grande participação minoritária na plataforma de rede social, que ele divulgou pela primeira vez em abril de 2022.
O bilionário atrasou o comunicado e inicialmente indicou que planejava ser um stakeholder passivo, até concluir a aquisição do Twitter em outubro do mesmo ano.