A Caixa Econômica Federal anunciou a linha de crédito Giro Caixa Transportes para caminhoneiros. De acordo com o banco, os profissionais poderão antecipar o recebimento do frete por meio desse empréstimo.
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Conforme o anúncio do banco, o empréstimo aos caminhoneiros terá taxa de juros a partir de 1,99% ao mês. No entanto, é importante deixar claro que a taxa efetiva varia a depender do histórico de crédito do tomador. Ou seja, quanto melhor o score do cliente, melhores as condições do crédito.
Empréstimo para caminhoneiros
A linha de crédito Giro Caixa Transportes é exclusiva para antecipação do pagamento de custos de frete aos caminhoneiros. Assim, o objetivo do banco é beneficiar toda a cadeia de transporte rodoviário de carga.
O valor do empréstimo cai diretamente na conta dos transportadores autônomos com até 120 dias de antecedência. A saber, a linha de crédito já está disponível para solicitação de todos os caminhoneiros clientes do banco.
De acordo com a Caixa, é possível antecipar os fretes com registro no sistema da Secretaria da Fazenda a partir da emissão do Manifesto Eletrônico Fiscal (MDF- e). Esse documento é, de fato, amplamente utilizado pelas empresas do ramo, que armazena informações sobre a carga e os responsáveis pelo transporte.
Além disso, a amortização do empréstimo é feita em parcela única. E o vencimento será na mesma data estipulada pelo transportador no MDF-e para o pagamento do frete.
Passo a passo para solicitar o empréstimo
Para que possam pedir o empréstimo dos caminhoneiros, as empresas de transporte de cargas devem:
- Em primeiro lugar, solicitar a habilitação do limite em qualquer agência da Caixa.
- Em seguida, o banco vai fazer uma avaliação de crédito.
- Assim que o empréstimo for liberado, o dinheiro vai direto para a conta do caminhoneiro.
Mais renda para os caminhoneiros
De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a nova linha de crédito dará mais renda aos caminhoneiros. Ele ressaltou a importância do crédito no momento em que os combustíveis estão mais caros.
Conforme o discurso de Guimarães, antes os caminhoneiros tomavam crédito com juros de até 20% ao mês. Mas, com o empréstimo de antecipação do frete, com juros a partir de 1,99%, há um alívio no orçamento.
“Isso é o que a gente chama na economia de efeito-renda. Quando tem essa redução, há um valor muito grande que pode ser usado para pagamento de diesel ou de reformas do caminhão”, disse.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que a nova linha de crédito certamente vai ajudar a reduzir as carências no setor de infraestrutura e no transporte de cargas.
De acordo com Freitas, não basta apenas investimento na infraestrutura, também são necessários outros dois componentes. “A desburocratização, com a digitalização dos serviços, e a atenção para a questão humana do processo de transportes”.
Programa para renovação de frota de caminhões
O governo federal publicou uma Medida Provisória que cria um programa para a renovação da frota de veículos usados no sistema de mobilidade e logística do país.
O programa, batizado de Renovar, tem foco nos veículos de transporte rodoviário de mercadorias, ônibus, micro-ônibus e implementos rodoviários.
A MP destaca que, inicialmente, poderão participar da iniciativa os caminhoneiros que trabalham no Transporte Autônomo de Cargas (TAC).
Conforme a MP, os objetivos do programa são:
- Retirar de circulação da frota no fim da vida útil, com o desmonte ou destruição desse equipamento;
- Reduzir os custos de logística;
- Inovar e criar novos modelos de negócios; e
- Melhor a qualidade de vida dos profissionais de transporte.
Nesse sentido, caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definir procedimentos simplificados para a baixa definitiva de veículos classificados como sucata.
De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura, há mais de 3,5 milhões de caminhões em circulação no Brasil. Desse total, cerca de 26% têm mais de 30 anos de fabricação. Ou seja, período em que se considera como fim da vida útil do veículo.
O Ministério da Economia avalia que a medida pode diminuir custos no setor e alavancar a competitividade no país.
De acordo com a MP, a adesão ao programa será voluntária e poderá ser feita por
- Donos de veículos retirados de circulação por meio de desmonte ou de destruição como sucata;
- Financiador ou parceiro público ou privado;
- Agente financeiro, que recebe os recursos do financiador e destina aos proprietários.
O programa pretende ainda contribuir para o alcance das metas previstas no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).