Após entregar “Kenergy” em Barbie, o ator Ryan Gosling coloca os holofotes nas pessoas cujo trabalho é brilhar na telona mas, ao mesmo tempo, continuar invisíveis em “O Dublê”.
O filme é inspirado na popular série de televisão dos anos 1980, “Duro na Queda”, com Gosling interpretando o papel de Colt Seavers, um dos melhores dublês de Hollywood em um momento de baixa após um acidente no set.
Uma ambiciosa produtora (Hannah Waddingham) consegue retirar Colt de seu isolamento auto-imposto após a lesão para resgatar a estreia na direção do amor da sua vida, Jody (Emily Blunt), depois do desaparecimento do protagonista do filme, Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson).
A vida começa a imitar a arte quando Colt começa a rastrear a estrela desaparecida e se vê no meio de uma trama criminosa. O dublê tem que dar o seu melhor, dentro e fora da tela, para salvar o filme de Jody e a si mesmo.
“Eu me beneficiei do trabalho de dublês durante toda a minha carreira. Eles entram em cena, levam todas as pancadas por você e não ficam com nenhum dos créditos. Isso acaba agora. Espero que toda a conversa seja diferente depois deste filme”, disse Gosling, na estreia em Londres nesta segunda-feira.
“É completamente uma carta de amor aos dublês e à mágica do que eles criam nos filmes. É uma carta de amor às equipes e à produção de filmes”, acrescentou Blunt.
Filmado em Sydney, Austrália, “O Dublê” é dirigido por David Leitch, um ex-dublê de estrelas como Brad Pitt e Matt Damon e diretor de “Trem-Bala”, “Deadpool 2” e “Atômica”.
Muitas das suas ousadas cenas de ação foram filmadas com acrobacias reais e, durante a filmagem, o dublê de Gosling, Logan Holladay, entrou no Livro dos Recordes pelo maior número de uma manobra em que um carro dá voltas no ar após uma explosão.
A clássica acrobacia usa um aparato colocado embaixo de um carro que o impulsiona a uma série de cambalhotas a uma velocidade determinada. As 8,5 de Holladay bateram o recorde de Adam Kirley, em 2006, de 7 em “007 – Cassino Royale”.
“Era obrigatório fazer algumas acrobacias clássicas e deixá-las o mais amplas possível”, disse Leitch. “O recorde foi escrito no roteiro. Colocamos no roteiro para lançar o desafio, para que a equipe de dublês desse um jeito de conseguir, e acho que eles conseguiram”, afirmou Letich, de 48 anos.
O coordenador de dublês, Chris O’Hara, foi creditado como “designer de dublês” no projeto, no que os criadores afirmaram ter sido a primeira vez na indústria e um reconhecimento à natureza multifacetada do trabalho dele.
“Espero que mostre à Academia e que talvez um dia possamos disputar um Oscar, assim como todos os outros chefes de departamento da indústria”, disse O’Hara.
“A espinha dorsal da indústria é o filme de ação. É o filme que mais tem alcance internacional. É hora de eles serem celebrados pelo que contribuem”, acrescentou o ator Winston Duke.
O lançamento global de “O Dublê” está previsto para 24 de abril.