O BTG Pactual revelou nesta segunda-feira (17) a terceira edição da sua carteira recomendada “Excess”, que leva em consideração catalisadores de curto prazo (do lado de análise fundamentalista) e indicadores de momentum do lado de análise técnica.
Para este mês, os times de análise técnica e fundamentalista do banco optaram pela saída dos papéis da Embraer (EMBR3), Engie (EGIE3) e Iguatemi (IGTA3). Entram os ativos da Gerdau (GGBR4), Vibra Energia (VBBR3) e Arezzo (ARZZ3).
Arezzo
Apesar de desempenho superior ao do setor nos últimos 2 anos e a desaceleração esperada na receita nos próximos trimestres, bem como alguma pressão na rentabilidade vinda das operações EUA (que esperamos amenizar nos próximos trimestres), ainda vemos a Arezzo como uma de nossas principais teses do varejo.
Segundo a análise técnica, o ativo está em um processo de consolidação a médio prazo. A visão a curto prazo mostra um teste de suporte vital em R$ 62,00, o que resultou na formação de um piso. Paralelamente, nota-se a melhoria do fluxo comprador, criando um pivô de alta superior a R$ 70,91 e intensificando a pressão compradora.
“Projetamos a continuação dessa tendência, com objetivos de R$ 81,50, seguido pelo pico anterior de R$ 90,00 (fevereiro/23)”, aponta o BTG.
Gerdau
Na visão fundamentalista, o BTG vê a ação combinando resiliência e ótima dinâmica de resultados, com métricas de valuation atraentes. As operações norte-americanas têm impulsionado a maior parte dos resultados da empresa nos últimos trimestres, com margens mantidas em níveis de 25-30%, o que acreditamos que devem continuar nestes patamares.
Já na avaliação técnica, o ativo GGBR4 indicou reversão de baixa para alta no curto prazo.
O preço encontrou suporte no fundo anterior de R$ 23,20 e o impulso comprador retornou, com a quebra do topo de R$ 26,15 resultando em um padrão de reversão e expansão da volatilidade. O movimento de topo em R$ 31,40 e fundo em R$ 23,15 é utilizado para estabelecer futuras resistências nas retrações de Fibonacci em R$ 28,00 (61,8%) e R$ 29,20 (76,4%).
Vibra Energia
As ações da VBBR têm tido um desempenho inferior aos pares no acumulado do ano, e achamos que o valuation não apenas ignora o cenário topdown de um setor mais favorável à frente, mas também importantes marcos específicos da empresa que irão impulsionar geração de caixa e acelerar o crescimento dos lucros
“A sensação de que o pior dos últimos dois trimestres já está para trás deve ajudar as ações. Negociando a 13,5x P/L em 2023, vemos uma relação de riscoretorno atraente na companhia”, aponta o BTG.
Na visão técnica, o banco projeta uma tendência altista de médio prazo.
“O cruzamento de alta das médias móveis de 21 e 50 dias sinaliza o aumento da pressão compradora. O gráfico diário evidencia um período de lateralidade no curto prazo e o eventual rompimento do patamar de R$ 18,60 poderia deflagrar um novo ciclo de alta. Esperamos que a média móvel de 50 dias, atualmente em R$ 16,50, atue como suporte significativo nos próximos períodos de negociação. As resistências subsequentes podem ser identificadas através das projeções de Fibonacci em R$ 21,25 (141,4%) e R$ 23,00 (161,8%)”, conclui o banco.