A análise da chefe de investimentos do Morgan Stanley, Lisa Shalett, destaca um “ponto precário” para os investidores que iniciam 2024, apesar do robusto desempenho recente dos mercados acionários nos EUA.
A recuperação expressiva no final de 2023 resultou em ações sobrevalorizadas, com margem limitada para erros, explica em um relatório divulgado nesta quarta-feira (10).
Shalett alerta para a possibilidade de estimativas otimistas dos analistas em relação aos lucros empresariais em 2024, considerando a provável desaceleração do crescimento econômico nos EUA. Além disso, ressalta que os mercados podem estar subestimando o número de cortes nas taxas de juros pela Fed em 2024.
Para equilibrar expectativas e carteiras, a chefe de investimentos sugere a compra do índice S&P 500 (SPX) de ponderação igual ou a preferência ativa por ações de valor. Entre os setores recomendados estão o financeiro, industrial, serviços públicos, bens de consumo básicos e cuidados de saúde.
Desempenho dos índices Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones em 12 meses
Precário
O alerta para os investidores em um “ponto precário” destaca a cautela necessária diante das atuais circunstâncias.
No início de 2023, a perspectiva era cautamente otimista, mas a realidade econômica superou essas previsões, impulsionando um notável avanço de 25% no S&P 500 ao longo do ano.
Entretanto, o cenário atual difere substancialmente, com a sobrevalorização das ações alimentada pela confiança dos investidores em cortes nas taxas, o que deixa pouco espaço para erros. O Comitê de Investimento Global da Morgan Stanley sugere uma perspectiva mais ponderada para 2024, considerando que o ano pode ser mais normal do que um ano de ganhos exuberantes, dada a presença de riscos que demandam atenção cuidadosa.