A forte queda das ações da Usiminas (USIM5) desde a publicação do resultado do primeiro trimestre de 2024 abriu uma oportunidade de compra, avalia a Ágora Investimentos em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (24).
A siderúrgica apresentou um lucro líquido de R$ 36 milhões, forte queda ante o desempenho positivo de R$ 544 milhões obtido um ano antes, apesar de vendas de aço praticamente estáveis e de minério de ferro em alta.
Os analistas Ernani Reis, Henrique P. Colla e José Ricardo Rosalen apontam um primeiro objetivo aos R$ 9,66 e um segundo aos R$ 10,00.
O stop fica marcado em R$ 9,06.
Pressão na Usiminas
A companhia, que afirma, assim como todo o setor produtor de aço brasileiro, estar sendo pressionada por altas importações de aço da China pelo Brasil, teve um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de 416 milhões de reais de janeiro ao final de março, queda de 47% na comparação o primeiro trimestre de 2023.
Analistas, em média, esperavam que a Usiminas divulgasse lucro líquido de 128 milhões de reais e Ebitda de 387 milhões para o período, segundo dados da LSEG.
As vendas de aço cresceram 1% no período, em meio aos esforços da companhia para avançar no processo de retomada de produção de seu principal equipamento, o alto forno 3, da usina de Ipatinga (MG), que passou por uma reforma geral bilionária no ano passado.
E as vendas de minério de ferro subiram 4%, embora tenham recuado 18% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
Tarifa de importação
O Brasil decidiu ontem elevar para 25% as tarifas de importação de aço por um ano em uma medida de proteção ao setor siderúrgico nacional após um pedido encaminhado pelo Instituto Aço Brasil, mostra um comunicado da Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior do Brasil).
Segundo o documento divulgado nesta terça-feira (23) o imposto foi ajustado para 11 produtos de aço, além de novas cotas de volume de importação para esses produtos.