A sequência de 13 quedas do Ibovespa (IBOV), que terminou na última sexta-feira (18) e acumulou uma baixa de aproximadamente 5%, pegou os investidores de surpresa pela sua extensão, mas talvez não a todos que já observavam algumas mudanças nos indicadores de análise técnica.
É claro que os gráficos não poderiam sugerir o número de dias em baixa, mas alguns deles ofereciam pistas para o “cansaço” do rali que a Bolsa vivia desde o início do ano.
O analista Fernando Keith da Levante Investimentos revisitou, em um relatório enviado neste sábado (19), os gráficos anteriores ao início da tendência, e destacou em sua newsletter “Direto do Front” o que vários dos principais indicadores projetavam.
Segundo Keith, o MACD (Moving Average Convergence/Divergence), tanto o histograma quanto a linha, já não acompanharam a máxima do índice em 122.560 pontos no dia 26 de julho.
“Os compradores estavam, antes da sequência de quedas, mais fracos para renovar uma nova máxima de preços”, aponta o analista.
Ele também cita o IFR (Índice de Força Relativa), em laranja, que mede a força dos compradores. e que caiu forte em linha com o MACD anterior à série.
“Vale ressaltar que agora o nível do IFR nos informa que o preço caiu muito e pode apresentar um repique (como o de ontem)”, observa o analista.
Já o OBV, que é similar ao IFR e indica a confirmação de movimentos, acompanhou os preços e revelou o quanto a força vendedora foi alta quando se comparada ao nível de preços de maio (início da seta vermelha).