O que esperar para semana crucial ao Ibovespa e quais ações comprar, segundo 9 analistas?

Após 13 quedas consecutivas, a maior série já registrada em sua história, o Ibovespa terminou a última sexta-feira (18) com uma pequena valorização de 0,37%, aos 115.408 pontos, mas certamente não removeu as dúvidas dos investidores sobre os rumos a partir daqui

Algum alento pode ser observado em um pequeno sinal de reversão técnica, mas que não aparente ser forte o suficiente para sinalizar uma mudança de tendência mais firme, indicam alguns dos 9 analistas consultados pelo Dinheirama.

“Uma tendência deve permanecer até que os sinais de sua desconfiguração apareçam”, lembram Wesley Bernabé e Melina Constantino do BB Investimentos, citando a Teoria de Dow.

O rompimento do próximo suporte gráfico, aos 114 mil pontos, é apontado como “crucial” para aceitar que o movimento de queda seria mais prolongado. O único sinal positivo é o indicador IFR (Índice de Força Relativa) que mostra “exaustão” aos 31 pontos.

Esse indicador, inclusive, foi um dos que mudou de posição logo antes da sequência de quedas, conforme lembrou o analista da Levante Investimentos Fernando Keith em uma análise sobre o comportamento recente dos indicadores técnicos.

“Vale ressaltar que agora o nível do IFR nos informa que o preço caiu muito e pode apresentar um repique (como o de sexta)”, observa. A atuação dos investidores estrangeiros também tem sido considerada nesta equação.

Os dados da B3 revelam que eles venderam R$ 8,6 bilhões a mais do que compraram em agosto até o dia 16. Porém, segundo o time de análise da Hemcorp Commcor, a sexta-feira pode ter mostrado que alguns investidores estrangeiros com perfil de longo prazo podem ter se animado ao ver a correção do Ibovespa em dólar, que chegou a 10%.

“Ainda assim, e ciente que o movimento local aparenta derivar em sua maioria do exterior, é importante termos em mente a reversão de sentimento até então observada neste mês, sendo bastante ricas as discussões acerca da duração dessa correção”, lembra a Hemcorp Commcor.

Para Gilberto Coelho, da XP Investimentos, o sinal de alta ou recuperação ficaria mais claro com um fechamento acima dos 115.730 pontos, mirando as resistências em 119 mil ou 123 mil vista em um topo recente.

“O IFR ainda está em sobrevenda (menor que 30) e caso volte a fechar acima dos 30 favorecerá repiques de alta. A tendência de baixa seria retomada com um fechamento abaixo dos 113.850, perdendo então o suporte do canal de alta com projeções em 108 mil ou 105 mil”, explica.

O que comprar?

As 6 carteiras recomendadas semanais encontradas pelo Dinheirama para a semana de 21 a 25 de agosto chegaram a 26 empresas diferentes em 30 sugestões.

Os papéis da Vivo (VIVT3) ganharam 3 recomendações, enquanto os do Itaú (ITUB4) e da Marfrig (MRFG3) receberam 2 cada. Por outro lado, a renovação dos portfólios em comparação à semana passada chegou a 53,3%, com 16 mudanças.

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