As ações da JSL (JSLG3) têm potencial de 79% com base na enorme via de crescimento no segmento de logística terceirizada, avalia o Santander.
O banco iniciou a cobertura dos papéis da empresa com recomendação de compra. O preço-alvo projetado para o final de 2024 é de R$ 15.
O valor em bolsa está “atraente”, ressalta o banco. As ações negociam ao equivalente a 4,1 vezes e 4,2 vezes o múltiplo do valor da empresa sobre o Ebitda (EV/Ebitda) de 2023 e 2024, respectivamente. Isso se compara, contudo, às médias dos pares internacionais em 7,1 vezes e 5,9 vezes.
Logística
As receitas anuais do mercado de logística do Brasil chegam a aproximadamente R$ 960 bilhões. Além disso, ele é muito fragmentado ao ter 150 mil empresas e uma pequena parte terceirizado.
Para se ter uma ideia, a JSL é a líder do setor e possui, contudo, apenas 1% dele. As dez maiores do Brasil não vão muito além e totalizam só 2,1%, em comparação a um nível de 30% nos EUA e na Europa.
”As práticas comerciais do setor são muitas vezes arcaicas, criando inúmeras oportunidades de diferenciação por meio de novas tecnologias, camadas de processos bem construídas e foco no TCO (custo total de aquisição) dos ativos”, apontam os analistas Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem.
Escala
O Santander ressalta que a escala da Simpar (SIMH3), controladora da JSL, ajuda no acesso mais barato ao capital e na compra de ativos com descontos junto às montadoras.