As ações da Eletrobras (ELET3) entraram na lista de alternativas de investimentos com o foco em ESG (Environmental, Social and Governance) do BTG Pactual.
A escolha foi realizada após os preços dos papéis terem incorporado a maioria do recente fluxo de notícias negativas. No ano, a queda das ações chega a 14,6%.
A empresa enfrentou uma série de eventos adversos nas últimas semanas, como Angra 3, a renúncia do CEO e o debate em curso sobre o limite de votação.
Problemas encaminhados
O time de análise composto por Carlos Sequeira, Rafaella Dortas e Renata Faber entende que, apesar da recente saída do seu CEO, a empresa parece ter lançado as bases para o seu plano de recuperação e apresentou resultados ótimos no segundo trimestre de 2023.
No debate sobre o limite de votação de 10% do governo na empresa, apesar do barulho recente (um tanto esperado), a decisão final cabe ao Supremo Tribunal (STF).
“Na nossa opinião, negociar pagamentos antecipados da CDE (ajudando a reduzir as tarifas energéticas) poderia ser uma alternativa para aliviar as pressões políticas”, aponta o BTG.
O banco calcula a ação negociada a uma taxa de retorno interna de 14,4%.
CCR
Além da Eletrobras, o BTG incluiu os ativos da CCR (CCRO3) no portfólio.
“Prevemos resultados sólidos no segundo semestre para a CCR, impulsionados principalmente pelo aumento do tráfego e das tarifas de pedágio”, explicam os analistas.
Segundo eles, o ambiente regulatório, normalmente um grande ponto de discussão, está mostrando sinais claros de melhoria, com expectativa de reequilíbrio de contratos e próximos leilões de ativos.
“Por fim, estamos otimistas com a melhoria da governança corporativa da empresa, liderada pelos novos acionistas relevantes Itausa e Votorantim”, opinam.
Com isso, o BTG vê a CCR como uma opção atrativa de taxas de juro de longo prazo, especialmente considerando a sua atraente TIR real de 10,5%.