As ações do Itaú (ITUB4) estão negociando abaixo da sua média histórica, o que é uma oportunidade de compra, indica a XP Investimentos.
A corretora atualizou as estimativas para um novo preço-alvo de R$ 35 para o final de 2024, ante R$ 34 para 2023. O valor sugere um potencial de valorização de 31% em comparação com o último fechamento.
“Mantemos uma perspectiva positiva para as perspectivas da empresa, e seu valuation abaixo da média histórica reforça nossa convicção de que se trata da nossa preferência no setor”, escreveram os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.
Considerando o múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) por ação, de 6,8 vezes, o Itaú está abaixo da média histórica de 7,9 vezes. O mesmo acontece para o múltiplo de preço sobre o valor patrimonial (P/VP), hoje em 1,3 vez, ante a média de 1,6 vez.
“Acreditamos que este desconto pode ser exagerado, mesmo quando se leva em conta o potencial fim do JCP e os riscos associados a um potencial limite nas taxas de juros do rotativo”, ressalta a XP.
Destaques
• “Embora ainda não seja um vento favorável, o cenário macroeconômico já deu sinais de melhoria. Os NPL aproximam provavelmente do seu pico e o ciclo de afrouxamento monetário já começou. Como resultado, esperamos um maior apetite por crédito, impulsionando um crescimento mais forte da carteira de crédito ao longo do 2S23. Isto, combinado com um menor custo do crédito e com NPL abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional, deverá sustentar a dinâmica positiva dos lucros do ITUB4”
• “Apesar dos acontecimentos adversos dos últimos anos (nomeadamente a pandemia e a guerra na Ucrânia), aliados ao aumento da concorrência doméstica na última década, o Itaú conseguiu manter um nível saudável de rentabilidade. Além de um melhor cenário macro pela frente, nossa visão positiva do Itaú também decorre da sólida capacidade de execução de sua alta administração, que tem demonstrado capacidade de alcançar maior eficiência e manter o banco como um dos líderes em rentabilidade”.
• “Temos ultimamente visto uma disparidade significativa no desempenho operacional em comparação com seus concorrentes tradicionais. Para alguns, esta lacuna de desempenho é considerada cíclica, influenciada pelos perfis dos clientes e segmentos de mercado. Assim, a discussão gira em torno da interação entre fatores cíclicos e estruturais. Embora seja um desafio fornecer uma resposta definitiva, parece ser uma combinação da agenda de transformação interna e uma abordagem diferenciada à gestão de riscos”.