Home Comprar ou Vender Acabou o oba-oba? 2024 revela reversão do otimismo na Bolsa

Acabou o oba-oba? 2024 revela reversão do otimismo na Bolsa

Os investidores na Bolsa estão priorizando empresas lucrativas no presente em detrimento das perspectivas futuras

by Gustavo Kahil
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O Ibovespa (IBOV) registrou uma queda de aproximadamente 2,5% nos primeiros meses de 2024, e embora essa redução seja modesta, os detalhes do desempenho indicam uma postura defensiva adotada pelos investidores no início do ano.

Nesse contexto, Mateus Haag, analista da Guide Investimentos, identifica mudanças significativas nos fatores de desempenho que moldam as escolhas na Bolsa.

O destaque em 2024 recai sobre o fator de “baixa volatilidade”, indicando uma preferência marcante por ações de menor risco de mercado. Esse critério compara o desempenho relativo das 20% melhores empresas em termos de volatilidade com as 20% piores nesse aspecto.

Outros fatores em ascensão são o “tamanho” das empresas, com as maiores apresentando melhor desempenho, e a “qualidade”, associada a margens mais robustas, estabilidade financeira e menor endividamento.

Pechinchas e qualidade

A análise de Haag destaca ainda que empresas consideradas mais “baratas” — com valuation atrativo — e aquelas que oferecem dividendos mais substanciais têm sido bem avaliadas pelos investidores. Em contraste, empresas de maior potencial de crescimento nos próximos três anos enfrentam um desempenho menos favorável.

Essa mudança sugere que, diante de juros elevados e maior risco no cenário econômico, os investidores estão priorizando empresas lucrativas no presente em detrimento das perspectivas futuras.

Na visão do analista, o início de 2024 reflete uma revisão do excesso de otimismo observado no final de 2023.

Contudo, olhando para o futuro, a preferência permanece em empresas mais sensíveis ao ciclo de queda de juros, incluindo aquelas voltadas para o crescimento e small caps. Essa perspectiva indica uma abordagem mais cautelosa em um cenário econômico em evolução.

“Olhando para frente, ainda preferimos empresas mais sensíveis ao ciclo de queda de juros, incluindo empresas de crescimento e small caps”, explica Haag.

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