O Itaú BBA revisou as projeções para as ações da RaiaDrogasil (RADL3) e chegou a um preço de R$ 31 por ação para o final de 2024, revela um relatório enviado a clientes.
O time de analistas liderado por Thiago Macruz calcula que os papéis são negociados, atualmente, ao equivalente a 30 vezes o preço sobre o lucro (P/L) para 2024.
“Para nós, esta é uma avaliação salgada, especialmente numa base relativa — considerando que o espaço de varejo sofreu uma forte desvalorização nos últimos meses”, ressalta.
Com um potencial de valorização limitado de 15%, a recomendação de desempenho em linha com a média do mercado (marketperform) foi mantida.
“Os fundamentos da RaiaDrogasil são sólidos, com crescimento apoiado pela qualidade e o potencial para uma dinâmica positiva de lucros a partir de ganhos de rentabilidade nos próximos trimestres”, pontua Macruz.
Ainda assim, ele sugere que os investidores aguardem por um melhor ponto de entrada.
Consenso
Em um relatório recente, o Goldman Sachs afirmou que as ações da RaiaDrogasil são um consenso positivo entre os investidores no varejo brasileiro, após reuniões com vários deles para identificar o sentimento do mercado.
Apesar disso, o banco detalhou que a avaliação das ações, apesar de elevada, não foi entendida como cara.
“Em contraste com o feedback que ouvimos frequentemente no passado — uma resistência limitada à avaliação — com um P/L de 27 vezes para o final de 2024 —, mas com um crescimento confiável e visibilidade de lucros, os investidores não consideraram que a avaliação seria esticada”, apontaram Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.
A visão geral para o varejo, contudo, está relativamente negativa, com preocupações que vão desde a dinâmica da alavancagem e do fluxo de caixa até à procura ainda fraca por parte das famílias, excessivamente alavancadas, e ao risco para benefícios fiscais.
Com isso, a escolha da RaiaDrogasil parece ser um ponto fora da curva.