A expectativa por uma nova alta da celulose de fibra curta em novembro deve continuar a sustentar as ações da Suzano (SUZB3), avalia o Bank of America.
Segundo um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (13), após atingirem o nível mais baixo em maio, os preços da celulose de fibra curta na China recuperaram.
O valor foi reajustado em aproximadamente US$ 100 a tonelada para US$ 577 a tonelada, com a implementação do último aumento de preço de US$ 30 a 50/t para outubro bem encaminhado.
“No futuro, vemos outra alta de preços para novembro como provável e estamos incluindo um aumento de US$ 30/t em nossas previsões”, apontam Caio Ribeiro, Leonardo Neratika, Guilherme Rosito e George L. Staphos.
Segundo eles, embora haja uma entrada significativa de oferta em 2024, o que deverá reduzir as taxas operacionais, revisões para baixo dos preços da celulose parecem limitadas, uma vez que os atuais níveis de preços estão muito próximos dos níveis de suporte de custos.
Suzano é top pick
As ações da Suzano são a Top Pick do BofA no setor. O preço-alvo foi elevado de R$ 62 para R$ 66 e a recomendação de compra foi reiterada.
O banco estima que a Suzano entregará rendimentos de fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês) de 15% a 20% a partir de 2025 assim que os desembolsos de investimentos relacionados ao projeto Cerrado forem concluídos.
Para a Klabin (KLBN11), a recomendação foi mantida em underperform (desempenho abaixo da média), com preço-alvo de R$ 20.
O BofA vê as pressões de custos demorando mais para diminuir e vemos uma recuperação do preço do cartão para contêineres (containerboard), material utilizado na fabricação de caixas de papelão ondulado, parecendo mais distante em relação à celulose.
Por fim, a Dexco (DXCO3) se beneficia de estimativas mais altas de celulose solúvel para o segundo semestre de 2023, e na visão construtiva para a queda nas taxas de juros no Brasil.
A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 10.