O potencial de alta para a construtora Tenda (TEND3) é mais “tangível” no curto prazo, comparado à MRV (MRVE3), analisa o Bradesco BBI em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (19).
Os analistas Bruno Mendonça e Wellington Lourenço enfatizam a confiança na evolução dos projetos da Tenda, especialmente no programa Minha Casa Minha Vida, e a menor dependência da imprevisibilidade macroeconômica dos EUA.
Mesmo diante de um corte acentuado nas estimativas de lucro por ação para 2024, aproximadamente 50% em média, a tese de investimento para Tenda e MRV permanece estruturalmente positiva, baseada nas projeções para 2025 e além.
Desempenho das ações da MRV e Tenda em comparação com o Ibovespa em 12 meses
O novo preço-alvo para a Tenda é de R$ 18, ante R$ 21, e para a MRV, é de R$ 15, a partir de R$ 17. O BBI, contudo, mantém a Direcional (DIRR3) como a principal escolha no segmento, negociada a 6,8 vezes o múltiplo P/L esperado para 2024 e 5,6 vezes para 2025, considerada o melhor equilíbrio entre risco e retorno.
Observando os múltiplos P/L esperados para 2025, a TEND3 é negociada a 3,8 vezes, enquanto a MRVE3 está a 5,4 vezes. Cada empresa possui suas próprias oportunidades positivas, como Resia para a MRV e Alea e RET1 para a Tenda.
O otimismo quanto às perspectivas para a construção de moradias de baixa renda em 2024 permanece, com a expectativa de que a dinâmica positiva do faturamento e da margem bruta seja a principal alavanca para Tenda e MRV em 2025 e além, desbloqueando, em última análise, o potencial de valorização que está sendo questionado pelo mercado.