As ações da Vale (VALE3) e da Gerdau (GGBR4) já “apanharam” demais do mercado em 2023 e chegou a hora de uma reversão, alertam os analistas do BTG Pactual em um relatório chamado “The Big Short” enviado a clientes nesta terça-feira (11).
Apenas neste ano, os papéis da mineradora amargam uma queda de 25,5% e os da siderúrgica 6%, enquanto o Ibovespa (IBOV) salta 10%. A diferença chega a 35,5 pontos percentuais na comparação com a Vale, “o que é notável, considerando que é o componente mais pesado do índice”, explicam os analistas.
“Embora entendamos as razões para o baixo desempenho, acreditamos que essa dissociação provavelmente foi longe demais e vemos razões para começar a adicionar riscos ao setor”, destacam Leonardo Correa e Caio Greiner.
Eles destacam quatro principais motivos para esta mudança de visão:
1 – Os preços das ações estão começando a parecer mais atraentes após a forte liquidação, com os papéis gerando rendimentos de fluxo de caixa de dois dígitos;
2 – A proposta de valor relativo versus alguns dos melhores desempenhos no índice está aumentando;
3 – O setor já está precificando uma recessão, e o posicionamento dos acionistas ainda é muito baixo;
4 – O senso de urgência da China em estabilizar o crescimento está aumentando.
Sendo assim, os nomes favoritos do BTG para participar de uma rotação potencial incluem a Gerdau, os investidores ainda não precificaram um potencial de rendimento de dividendos de 15% em 2023, e Vale, com uma avaliação abaixo de 4 vezes o EBITDA esperado para 23 e um rendimento de fluxo de caixa de 10% (massivamente subestimado).