A Amazon (AMZO; AMZO34) está mal avaliada pelo mercado, afirma o Itaú BBA em um relatório enviado a clientes.
“O consenso parece estranhamente conservador demais”, escreveram os analistas Thiago Alves Kapulskis, Cristian Faria e Gabriela Moraes.
Uma das métricas que chamam atenção é a do Ebitd, que é o lucro antes de juros, impostos e depreciação.
Nos cálculos do Itaú BBA, essa linha do balanço vista como o lucro operacional pode chegar a US$ 55 bilhões em 2024. Isso considerando premissas conservadoras para a soma das unidades AWS e Amazon Ads.
O consenso, enquanto isso, projeta US$ 43 bilhões.
“A operação de comércio eletrônico da Amazon (juntamente com o Prime Video, Alexa, etc.) teriam de registar uma perda de US$ 12 bilhões para chegar ao consenso, o que parece muito improvável”, explicam.
Ações e múltiplos
O Itaú BBA elevou a recomendação da Amazon para “top pick”, com um preço-alvo de US$ 200, o que sugere um potencial de valorização de 45%.
Kapulskis, Faria e Moraes, contudo, entendem que os papéis poderiam oscilar entre US$ 161 e US$ 216.
O intervalo considera a ação negociando a um múltiplo histórico de 15 a 20 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (EV/Ebitda). Ou seja, um potencial entre 20% a 60%.