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Análise: Seja mais rápido que o Banco Central e compre Ibovespa agora

Mercado de juros futuros se antecipa aos ciclos e “coloca no preço” as quedas adiante, influenciando assim o desempenho do Ibovespa

por Gustavo Kahil
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A hora certa de comprar o Ibovespa para aproveitar os efeitos positivos da queda da Selic sobre as ações não é quando ela cai, mas antes. Esta é a conclusão de uma análise sobre o comportamento histórico do mercado brasileiro nestas ocasiões.

Isto acontece porque o mercado de juros futuros se antecipa aos ciclos e “coloca no preço” as quedas adiante, influenciando assim o desempenho do Ibovespa. Ainda mais importante, há uma correlação entre as oscilações das taxas futuras de 10 anos, não da Selic, e o índice.

O movimento historicamente começa assim que as taxas de mercado começam a cair e continua durante o ciclo de flexibilização.

Área azul representa a queda das taxas e mercado, enquanto a cinza indica o ciclo de queda da Selic (Fonte: Bank of America Merrill Lynch)

“Nos últimos três ciclos de flexibilização, para cada corte de 100 pontos-base na Selic, vimos uma queda de 40 pontos-base nas taxas reais de mercado de 10 anos”, avaliam os analistas do Bank of America Merrill Lynch em um relatório enviado a clientes.

Paula Andrea Soto, David Beker e Mateus Conceição, desta forma, chamam atenção para o comportamento atual do mercado futuro e do Ibovespa. Segundo eles, o mercado ainda não se posicionou corretamente e há espaço adicional para altas.

Em 2023, as taxas reais caíram 124 pontos-base, o que representa apenas 30 pontos-base para cada corte esperado de 100 pontos-base na Selic. “Assim, em nossa opinião, as taxas reais podem cair mais 50 pontos-base (com riscos de alta) para colocar esse ciclo de flexibilização em linha com os históricos”, analisam.

Para o alto

O múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) histórico para o Ibovespa (excluindo empresas de commodities, como Vale e Petrobras), quando a taxa real está em 5,2% (atual), é 18% superior ao P/L atual projetado para 2024.

Além disso, uma queda extra de 50 pontos-base nas taxas de 10 anos, para 4,7%, poderia resultar em uma valorização extra de 3% até o final do ano. Ou seja, existe espaço para uma reavaliação de 21% no P/L estimado.

Segundo o BofA, isto suporta a avaliação do banco de um Ibovespa a 135 mil pontos ao final de 2023, o que está cerca de 14% acima do nível atual.

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