As taxas reais de juros, o qual são a Selic menos a inflação, precisam cair mais para aumentar as negociações no mercado à vista da B3 (B3SA3), avalia o Bank of America.
O time de analistas liderado por Mario Pierry entende que as mudanças estruturais na indústria deverão apoiar o volume médio negociado acima dos níveis históricos.
Ele cita o crescimento da participação dos investidores de varejo e as operações em alta frequência (High Frequency Traders, HFT).
O Bank of America calcula que o retorno à B3 acontecerá quando as taxas atuais caírem dos atuais 7-8%, para 4-5%. Atualmente, a Selic nominal está em 12,75%, após o último corte da semana passada.
Destaques
• “A B3 está focada em aumentar a diversificação de receitas e espera que as receitas anuais de dados atinjam R$ 1 bilhão nos próximos 3 a 5 anos, contra os atuais R$ 0,5 bilhão”.
• “A administração continua monitorando de perto o ambiente competitivo, embora não tenha visto ninguém oferecer tecnologia ou produto melhor”.
• “A bolsa continuará buscando ganhos de eficiência, o que deverá manter o crescimento dos custos em linha com a inflação nos próximos anos, compensando custos mais elevados relacionados ao desenvolvimento de novos produtos/serviços”.
• “O fim do benefício fiscal do JCP prejudicaria os lucros da B3 em 8-9%, mas uma decisão final pode ser menos prejudicial aos lucros. A administração continua otimista em ter uma decisão favorável em suas disputas judiciais, mas acredita que os casos ainda demorarão para serem resolvidos”.