As ações da Braskem (BRKM5) decolam nesta quarta-feira (20) após o Santander elevar a recomendação para compra, com preço-alvo reajustado de R$ 22,50 par R$ 27.
Os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz citam três principais pilares para a mudança no diagnóstico para a petroquímica brasileira.
1 – Resultados melhores
“Embora nosso Ebitda para 2024 de aproximadamente US$ 1,3 bilhão esteja amplamente alinhado com o consenso, acreditamos que o mercado estará cada vez mais focado no fluxo de notícias relacionadas as fusões & aquisições vs. os fundamentos, que apoiam nossa visão mais otimista sobre as ações”.
2 – Braskem em Alagoas
“Acreditamos que notícias adicionais do evento geológico de Alagoas serão provavelmente limitadas nos próximos meses, especialmente após o aumento de provisão de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, que inclui a questão geológica com a cavidade #18″.
“Como resultado de uma situação mais estável em Alagoas, notamos que a Braskem retomou as atividades planejadas no estado, que incluem preenchimento de cavidades, monitoramento de solo e realocação de moradores. Além disso, acreditamos que a investigação em curso no Congresso perdeu impulso, uma vez que alguns participantes importantes deixaram o comitê (CPI) e o governo parece estar disposto a acelerar a venda da participação da Novonor“.
3 – Venda da Novonor e valuation
“Vemos a retomada das discussões sobre fusões & aquisições à medida que a ADNOC termina sua due diligence e novos concorrentes entram no processo”.
“O valuation não é excessivamente “caro”, em nossa opinião, com a Braskem negociada a 7,9 vezes e 4,1vezes o EV/EBITDA em 2024 e 2025, respectivamente (vs. 8 a 9 vezes o histórico durante ciclos de baixa)”.