As ações da Camil (CAML3) devem passar por um ponto de inflexão nos resultados do quarto trimestre de 2023, dizem os analistas da XP Investimentos em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (26). A recomendação é de compra. O preço-alvo foi reduzido de R$ 12,30 para R$ 11,60. O potencial de valorização é de aproximadamente 34,8%.
O balanço será divulgado no dia 9 de maio.
Segundo os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, apesar das dificuldades, a empresa emitiu dívida a uma taxa baixa, e projeta-se uma melhora significativa na alavancagem no quarto trimestre de 2023.
As aquisições recentes realizadas pela Camil têm potencial para aumentar estruturalmente as margens da empresa, especialmente nas novas categorias como massas, café e biscoitos.
Desempenho das ações da Camil em 12 meses
Ainda em processo de integração, espera-se que as sinergias sejam capturadas nos próximos meses, o que pode impulsionar os resultados da companhia.
“Estimamos que as novas categorias da companhia (massas, café e biscoitos) estejam operando com margens de um dígito médio a baixo, muito abaixo de seu potencial, já que a Camil continua conectando as novas marcas à sua plataforma operacional e comercial, o que já era esperado”, apontam os analistas.
Crescimento
Apesar dos desafios enfrentados, as aquisições estão apresentando bom crescimento, com ganhos sólidos de market share, especialmente no segmento de café.
Com uma ociosidade ainda significativa nas novas categorias, existe um potencial considerável para aumentar os volumes de vendas, com projeções otimistas para o crescimento até 2028.
“A ociosidade das novas categorias está em aproximadamente 50%, portanto, os volumes podem dobrar. Projetamos que os volumes atinjam seu potencial total somente em 2028, uma posição conservadora, em nossa opinião”, pontuam Alencar e Fonseca.
Com as dificuldades enfrentadas em 2023, a XP projeta uma melhora na situação financeira da empresa, com uma visão positiva para o futuro.
Com base nisso, atualizaram suas estimativas e reiteraram a recomendação de compra para as ações da empresa, destacando o potencial de recuperação da alavancagem e os resultados sólidos esperados após o ramp-up das aquisições recentes.