As ações da CBA (CBAV3), que já perderam metade do seu valor em 2023, devem continuar a sofrer nos próximos trimestres, avalia a Ágora Investimentos em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (14).
Os analistas Thiago Lofiego e Renato Chanes cortaram a recomendação neutra aos papéis para venda e reduziram o preço-alvo para o final de 2024 para R$ 4,50, de R$ 6 para dezembro deste ano.
Segundo eles, a dinâmica dos lucros da empresa foi ainda mais fraca do que o previsto, enquanto a do mercado de alumínio continua desanimadora, mesmo com a suave recuperação da demanda global até agora, além da produção chinesa aumentando na margem à medida que cresce a capacidade existente.
A Ágora também admite que há espaço para mais revisões para baixo nas projeções de lucro no mercado à frente, tendo em vista que as estimativas da corretora para o Ebitda em 2023 e 24, de R$ 160 milhões e R$ 980 milhões, estão 75 e 24% abaixo do consenso.
“Além disso, a ação CBAV3 é negociada a 6,6 vezes o múltiplo do valor da empresa sobre o Ebitda (EV/EBITDA) para 2024, bem acima dos pares globais em 4,9 vezes. Também esperamos que a CBA registre uma queima de caixa de R$ 0,9 bilhão em 2023 e de R$ 0,6 bilhão em 2024”, concluem.