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Citi corta preço-alvo de ação da Alpargatas e reitera recomendação “neutra” e papel cai 2%

Para o terceiro trimestre, aguardam queda nos volumes no Brasil em cerca de 20% ano a ano, com aumento da receita por par de 6%

por Reuters
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Analistas do Citi reiteraram recomendação “neutra” para as ações da Alpargatas (ALPA4) e cortaram o preço-alvo da ação de 10 reais para 8,70 reais, conforme relatório a clientes nesta terça-feira, no qual estimam que o balanço do terceiro trimestre ainda mostrará um período difícil para a dona da Havaianas.

“Nós esperamos mais um trimestre de queda considerável de volume no Brasil e no exterior, embora com alguma recuperação sequencial de margem”, afirmaram João Pedro Soares e Felipe Reboredo, acrescentando que também revisaram projeções para o lucro em 2024 enxergando um cenário mais desafiador.

A equipe do banco norte-americano cortou suas projeções para o número de pares vendidos no Brasil em 7% para 2023, a 190,4 milhões; em 5,6% para 2024, a 200 milhões; e em 5,1% para 2025, a 206 milhões de pares. No mercado externo, reduziram em 11%, 14,1% e 15,6%, respectivamente.

Eles agora esperam que a companhia reporte neste ano prejuízo líquido recorrente de 48 milhões de reais, ante previsão anterior de lucro de 139 milhões de reais. Para 2024, cortaram o prognóstico em 25,8%, para lucro de 290 milhões de reais. Em 2025, reduziram em 24,9%, para 402 milhões de reais.

Também revisaram para baixo previsões para o resultado operacional medido pelo Ebitda, receita líquida e margens bruta e Ebitda para os três exercícios. E calculam que a companhia deve terminar este ano com estoques de 104 dias, 15 dias a menos do que em 2022, mas 20 a 30 dias acima da média histórica.

“Conforme a administração se concentra na simplificação do portfólio e os volumes melhoram a partir do quarto trimestre, esperamos uma redução gradual nos estoques”, avaliam, o que somado a alguma potencial melhoria nos fornecedores pode ajudar a desbloquear a geração de caixa, principalmente em 2024.

Para o terceiro trimestre, aguardam queda nos volumes no Brasil em cerca de 20% ano a ano, com aumento da receita por par de 6%.

No mercado externo, veem queda de 30% no volume. Mesmo mostrando melhora sequencial, as margens bruta e Ebitda devem recuar na comparação anual, para 41% e 3,2%, respectivamente.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Carlo Allegri)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Carlo Allegri)

Na última linha do balanço, projetam, a Alpargatas deve mostrar prejuízo de 34 milhões de reais, revertendo o resultado positivo de 56,3 milhões de reais um ano antes, mas reduzindo a perda em relação ao segundo trimestre, quando registrou prejuízo de 199,6 milhões de reais.

De acordo com Soares e Reboredo, a manutenção da recomendação “neutra” decorre do fato de que os papéis caíram 17% desde a divulgação do resultado do segundo trimestre, “que sugere que os ventos contrários do curto prazo estão refletidos no preço ou pelo menos até certo ponto”.

Na visão dos analistas, há também fatores positivos que podem reverberar nas ações se a Alpargatas normalizar ou normalizar parcialmente seu ciclo de capital de giro.

“Acreditamos que a recuperação operacional abrangente atinge os objetivos certos, ou seja, simplifica o portfólio, revisita o S&OP (planejamento de vendas e operações) e melhora a eficiência. Dito isto, o processo é complexo e os resultados devem surgir gradualmente”, acrescentaram.

Eles também afirmaram que não veem os papéis com valuation atrativa.

Nesta sessão, por volta de 12:40, as ações da Alpargatas caíam 2,04%, a 7,67 reais, pior desempenho do Ibovespa, que avançava 1,24%. Na mínima até o momento, chegaram a 7,67 reais. Em 2023, acumulam perda de quase 50%.

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