A venda de uma das torres do Esther Towers da Eztec (EZTC3) pode ajudar a destravar valor nas ações da construtora, avalia o Santander em um relatório.
O projeto, que leva o nome de “Dona Esther”, esposa do fundador da companhia Ernesto Zarzur falecido em 2021, está localizado na zona Sul de São Paulo.
“Acreditamos que a potencial venda de uma das torres do projeto Esther Towers nos próximos 24 meses deverá ser um catalisador para as ações e os lucros da Eztec”, avaliam Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni,
Os analistas ressaltam, contudo, que qualquer notícia a respeito provavelmente levará pelo menos 12 meses para se materializar.
Segundo pontuou a construtora durante uma teleconferência em 11 de agosto, a estratégia é esperar a retomada de crescimento do país para gerar uma demanda maior.
A intenção é vender o empreendimento entre R$ 25 mil a R$ 30 mil o metro quadrado, revelou Silvio Ernesto Zarzur, Diretor Vice-Presidente.
Com isso, o valor geral de vendas do projeto estaria entre R$ 2,150 bilhões e R$ 2,580 bilhões.
No ano passado, a Eztec destacou que a margem bruta esperada para o Esther é de 50%, igual à alcançada pelo EZ Towers.
O Esther Towers está com 57% da sua obra pronta e em processo de montagem do heliponto de onde ficam as duas torres do empreendimento.
Preço-alvo
O Santander revisou o seu preço-alvo às ações da Eztec de R$ 19 para R$ 28,50 com o objetivo para o final de 2024. A recomendação de compra foi reiterada. O valor corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 32%.
Os analistas destacam a maior confiança da administração em relação à perspectiva macro e à exposição ao Minha Casa, Minha Vida. Além disso, as vendas contratadas vieram em um ritmo acima do esperado no 1º semestre de 2023.
Projeções
A estimativa é que a Eztec apresente margens brutas inferiores às habituais dos projetos lançados durante a pandemia, entre 35% e 40%.
Por outro lado, o Santander projeta uma maior equivalência patrimonial para refletir lançamentos mais elevados e melhores margens.
Um exemplo é o Park Avenue, cuja margem está mais próxima dos padrões históricos.
O lucro líquido deve ficar em R$ 470,1 milhões em 2024 e R$ 483,8 milhões em 2025. As novas estimativas significam um aumento de 17% e 28%, respectivamente.