O fundo imobiliário Vinci Offices (VINO11) está com um nível de alavancagem considerado “não saudável” e com pouca margem para o aumento de alugueis, alerta a analista de fundos imobiliários da Genial Investimentos, Isabella Suleiman, em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (21).
Ela manteve a recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 49,79 para 12 meses. O valor corresponde a um potencial de 5,87% na comparação com o preço atual da cota, em R$ 47,03.
Alugueis
Suleiman ressalta que o resultado do fundo será reduzido em R$ 0,01 por cota devido à desocupação da DHL, após as multas aplicadas, e prevê que a reposição do inquilino poderá demorar devido à alta vacância na região onde o imóvel está localizado, na área de Chucri Zaidan.
“No entanto, não esperamos impacto nos dividendos devido às reservas acumuladas de R$ 0,28 por cota, que poderão ser utilizadas para estabilizar os proventos distribuídos. Quanto aos demais ativos do fundo, identificamos pouca margem para aumentar os aluguéis”, pontua.
Alavancagem
Segundo ela, em relação à alavancagem do fundo, ela corresponde a 37%, o que significa que há R$ 521,8 milhões em obrigações.
Desse montante, R$ 366 milhões referem-se à aquisição do imóvel da Rede Globo, com taxa IPCA + 6,948%. Há também R$ 71,5 milhões em CRI Haddock Lobo com taxa IPCA + 5,575% e CDI + 2,475%, R$ 55,4 milhões em CRI BM 336 com taxa TR + 9,2% e R$ 28 milhões em CRI VINO atrelado aos contratos de locação com alguns locatários a taxa CDI + 3,5%.