O Ibovespa (IBOV) passou por um período recente de correção que corrigiu a Bolsa em cerca de 5%, uma desvalorização que parece ter perdido fôlego no último dia 22 de janeiro.
No dia 23 de janeiro, o Ibovespa terminou com valorização de 1,3%, aos 128.153 pontos.
A XP Investimentos ressalta que a intenção de alocação de clientes da assessoria da corretora aumentou no mês de janeiro, o que pode estar relacionado ao movimento de alta anterior à correção encerrada dia 22.
“Percebemos que, no geral, o aumento do otimismo com a Bolsa (indicado pela maior intenção de aumentar seus investimentos em renda variável) está relacionado com uma alta do Ibovespa no mês anterior”, explicam os analistas.
Atrasado para a festa?
Ou seja, depois que a Bolsa sobe, os investidores tendem a se interessar mais por ações; quando ela cai, esse interesse também tende a ir embora.
“Atualmente, pós-rali de fim de ano, o percentual de investidores que quer aumentar sua exposição à Bolsa atingiu o nível mais alto desde que começamos a fazer essa pesquisa, em 2020. Esse comportamento, na verdade, faz o investidor pessoa física chegar quase sempre atrasado para a festa: na tentativa de acertar o momento de entrar, ele acaba perdendo o bonde da valorização”
A dificuldade principal de acertar a hora de comprar e vender é que, historicamente, alguns dos dias de maiores ganhos acontecem em meio a períodos de pessimismo, ressaltam.
“Por isso, recomendamos tomar decisões de investimento não com base em resultados passados, e sim considerando sua tolerância a risco, cenário macroeconômico e perspectivas para as empresas e setores, construindo sua tese de investimento com confiança. Afinal, como diz um dos maiores investidores de todos os tempos, Warren Buffett: ‘Tenha medo quando os outros são gananciosos, e seja ganancioso quando os outros têm medo'”, concluem.