Vários elementos impactam o poder de compra dos brasileiros, entre eles certamente está a inflação. Aqui no Brasil, o principal indicador para sua medicação é o IPCA. Por isso, ela é chamada de inflação oficial.
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Geralmente, quando ouvimos notícias a respeito disso e sobre a economia, são citados vários índices. É provável que você fique alguma dúvida sobre como isso tem relação com as nossas vidas. Agora vamos entender melhor a relação entre IPCA, inflação e seu poder de consumo.
O IPCA anunciado hoje foi de 1,06% em abril, o que representa a maior variação para um mês de abril desde 1996, quando o índice foi de 1,26%.
Desse modo, o IPCA acumulado em 12 meses está em 12,13%, com alta em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. As maiores variações vieram de: Alimentos e Bebidas, seguido por Transportes. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Indicadores
Conforme falamos, existem vários índices e indicadores que servem para contextualizar o momento econômico do nosso país.
Entre eles temos alguns que se destacam mais por sua relevância e impacto, por exemplo:
Taxa Selic
A saber, a Selic é a taxa básica de juros da nossa economia e serve como parâmetro para as demais taxas do mercado.
PIB
PIB é a sigla de produto interno bruto, que é a soma de tudo que uma região produz em determinado período. Este índice ajuda a compreender e identificar o crescimento ou encolhimento econômico daquele lugar.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor tem como objetivo, de acordo com o IBGE, a correção do poder de compra dos salários, através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com mais baixo rendimento.
IGP-M
Este é o Índice Geral de Preços do Mercado. Na prática, é uma das versões do Índice Geral de Preços que registra a inflação de diversos itens do mercado.
IPCA
O IPCA (Índice Nacional De Preços Ao Consumidor Amplo) é o índice oficial do Governo Federal que mede as metas da inflação.
Esse último, o IPCA, será o índice que vamos destacar e esclarecer no nosso artigo de hoje, para que entenda melhor sua medição e impactos no seu dia a dia.
O que é o índice IPCA?
O IPCA é um índice calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde janeiro de 1980.
Seu papel é demonstrar se os preços de um conjunto de serviços e produtos aumentou, baixou ou se manteve estável.
Quem define este conjunto de serviços e produtos é o relatório do POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).
Nesse sentido, se avalia como cada grupo de gastos está distribuído no orçamento de famílias com faixa de renda de 1 a 40 salários mínimos. Dessa forma, busca abranger 90% da população brasileira.
Ao identificar a variação dos preços desses itens, é possível entender como a inflação afeta o consumo dessas famílias.
Além disso, também se observa se estão sendo cumpridas as metas inflacionárias. Já que o controle da inflação é um dos grandes objetivos do país.
Mas, afinal, o que é a inflação?
Conforme falamos, o IPCA analisa o aumento de preços de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.
Assim, o cálculo da inflação leva em consideração esse e outros índices para sinalizar o aumento dos preços desses itens.
Não são considerados os produtos e serviços de forma individual. Mas sim uma média do que é consumido em cada um dos principais grupos de gastos considerados no POF.
Além disso, também entra na conta o peso de cada grupo no orçamento familiar.
Dessa forma, a inflação demonstra o aumento dos preços dos itens mais relevantes para a população com renda entre 1 e 40 salários mínimos.
Os grupos considerados nesta análise são:
- Alimentação: Todas as aquisições feitas para alimentação realizadas pela família de consumo no domicílio ou fora dele;
- Habitação: Gastos gerais com habitação desde o pagamento de aluguel e/ou condomínio, até a manutenção e pequenos reparos do imóvel;
- Vestuário: Gastos com roupas, calçados e acessórios para todos os membros da família;
- Transporte: Todos os gastos com o transporte urbano como ônibus, táxis, metrô, entre outros;
- Higiene e cuidados pessoais: Gastos com a compra de itens de higiene e cuidado pessoal, como cremes, sabonetes, perfumes etc.;
- Assistência à saúde: Todos os gastos com saúde e tratamentos, como remédios, planos, consultas, entre outros;
- Educação: Todos os gastos que envolvem educação, desde a educação básica até especializações;
- Recreação e cultura: Neste grupo estão englobados os gastos para fins recreativos como brinquedos, eventos, cinema, pesca entre outros;
- Serviços pessoais: Despesas com cabeleireiros, manicures, manutenção de bens pessoais como relógios, entre outros;
- Despesas diversas e outras despesas correntes. Neste grupo são considerados os gastos com apostas, correios, atividades religiosas, contador, impostos pagos, entre outros;
Os itens e até mesmo os grupos podem mudar de tempos em tempos conforme a mudança de hábitos da população.
Desse modo, a inflação ganha maior alinhamento entre os números e o reflexo do consumo da sociedade.
Agora que você entendeu um pouco melhor quais itens são analisados pelo IPCA e que compõem a análise da inflação no nosso país, podemos falar sobre outros aspectos importantes que irão influenciar nas suas tomadas de decisão.
Quem calcula o IPCA?
O cálculo da inflação é feito a partir da média dos aumentos de preço dos itens que compõem cada grupo.
Porém, de acordo com a relevância de cada grupo o peso do seu aumento é mais ou menos expressivo.
Por exemplo: imagine que um item do grupo recreação e outro de alimentação subiram 5%. Como o grupo alimentação tem maior relevância, o aumento deste item terá um peso maior no cálculo da inflação.
Onde consultar o IPCA?
Atualmente, está mais fácil saber quais foram os índices de variação do IPCA, em diferentes momentos.
A principal fonte deste dado é o site do IBGE, assim, você consegue localizar facilmente este dado.
Neste mesmo acesso, você ainda consegue acompanhar:
- As variações do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que é outro indicador considerado para o cálculo da inflação;
- A variação do PIB; e
- O índice de desemprego no país.
Como reduzir os impactos da inflação no nosso dia a dia
Agora que você está craque na inflação oficial, que tal aprender como reduzir os seus impactos dela no seu bolso?
Embora o aumento dos preços seja inevitável, você ainda pode aplicar essas estratégias para não perder seu poder de compra. Então, confere só!
Pesquise e negocie
Não tem jeito, pessoal. Diante do aumento constante nos preços dos itens que mais consumimos, uma das melhores saídas é pesquisar.
Assim você encontra estabelecimentos com preços melhores e negocia um meio termo bom para todos os envolvidos.
Atacado
Reúna amigos e familiares e faça compras no atacado, preferencialmente de itens não perecíveis ou que serão rapidamente consumidos.
Essa alternativa costuma render bons descontos e um alívio para o bolso.
Faça trocas
Às vezes é bem difícil abrir mão de algo que gostamos muito. Mas talvez essa seja uma alternativa, ainda que temporária, frente ao aumento dos preços de alguns itens.
Se for possível, troque alguns itens mais caros por outros que tenham uma função semelhante e preço mais acessível.
Estes pequenos ajustes já podem garantir que o nível de consumo na sua casa não seja tão afetado pela inflação.
Planeje-se
Outra estratégia importante para reduzir os impactos da inflação é se planejar.
Compras feitas por impulso podem fazer um estrago no seu orçamento se você acabar comprando em um momento de alta.
Convém aumentar o controle nesse momento e fazer compras que tenham sido planejadas e, se possível, pagas à vista.
Isso porque o dinheiro aumenta o seu poder de negociação, o que sempre é bom nesses momentos. O movimento de antecipação financeira sempre joga a seu favor.
Invista
Quem coloca seu dinheiro para trabalhar com uma remuneração maior que a inflação, pode aumentar a sua proteção financeira.
A boa notícia é que com o aumento da inflação e dos juros, a renda fixa torna-se uma boa opção. Principalmente para quem ainda não quer opções de maior risco.
Claro que cada alternativa precisa ser considerada e deve estar adequada ao seu perfil e objetivo.
Conclusão
Entender sobre índices e termos econômicos pode parecer complicado, mas, na verdade, não é!
Além disso, é muito importante que você entenda alguns conceitos básicos para não sair perdendo no seu dia a dia. Alguns pequenos ajustes podem ter grandes resultados.
Para que você tenha mais um aliado no cálculo de taxas no dia a dia, acesse a Calculadora do Cidadão.
Ela é uma ferramenta do Banco Central, que serve para fazer inúmeras simulações e cálculos super importantes.
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Te vejo na próxima!