A indicação do BNDES de dois nomes sem experiência alguma no setor de autopeças para o Conselho de Administração da Tupy (TUPY3) mostra que a saída do banco de investimentos estatal ainda está distante, avaliam analistas após o anúncio feito pelo maior acionista da empresa catarinense.
Com 28% das ações da multinacional do setor de metalurgia, que produz componentes estruturais em ferro fundido de elevada complexidade geométrica e metalúrgica, o BNDES apontou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Francisco da Silva, e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Eles entram no lugar de Carla Gaspar, funcionária de carreira do BNDES há mais de 20 anos e-ex gerente na área de infraestrutura, e de Fábio Rego Ribeiro, engenheiro de produção e head de private equity do BNDES.
“O conselho de administração da Tupy é composto por 9 integrantes. Dessa forma, as duas indicações não teriam poder para ditar o rumo da companhia. Contudo, o risco de más decisões serem tomadas aumenta. Espero reação pouco negativa a notícia”, explica Mateus Haag, Guide Investimentos.
Após abrir em forte queda, as ações da Tupy terminaram a sessão de segunda-feira (28) com desvalorização de 1,92%.
“Para nós a notícia é negativa, nos mostrando que a saída do BNDES como o principal acionista da companhia ainda está distante”, ressalta a Genial Investimentos.
Já a Ágora Investimentos lembra que as nomeações “podem levantar preocupações do mercado sobre possíveis mudanças na estratégia da empresa”.
Veja o documento: